Um dos grandes transtornos dos aeroportos pode estar perto do fim. Já há algum tempo, tenta-se criar sistemas para melhorar e acelerar a triagem e detecção de explosivos e outras ameaças potenciais. A lentidão do procedimento acaba gerando longas filas, mas uma novidade recente surgiu como uma promessa de solução.
Estamos falando de um novo sistema de scanners de tomografia computadorizada, que já foi instalado em 228 aeroportos dos Estados Unidos.
A Administração de Segurança de Transporte (TSA) do país diz que ele está funcionando bem, mas ainda persistem algumas reclamações de usuários.
Como ele funciona?
O TC, sigla usada para identificar o novo sistema de scanners, é capaz de criar imagens 3D do conteúdo de uma mala de viagem, o que garante uma análise detalhada da equipe de segurança.
Para isso, os passageiros devem colocar todos os pertences em recipientes que parecem lixeiras largas e planas. Com os resultados de imagem obtidos, os agentes conseguem girá-las e avaliar os diferentes ângulos sem a necessidade de abrir as bagagens ou chamar os passageiros de canto.
Fase de testes e adaptação
As reclamações sobre o tamanho das filas, no entanto, ainda persistem nos aeroportos norte-americanos. As equipes alegam que, nesse primeiro momento de testes e adaptação, é preciso ter certa paciência.
Em razão das mudanças no sistema de verificação de bagagens, a orientação é que os passageiros passem a chegar aos aeroportos de 2h a 3h de antecedência, em relação ao horário do voo.
Segundo Jaeffrey Price, professor de segurança da aviação da Universidade Estadual Metropolitana de Denver:
“A TSA está sob uma tremenda curva de aprendizado à medida que se acostuma com essa nova tecnologia. Os agentes agora recebem mais informações das digitalizações, o que significa que estão reaprendendo a analisar imagens.”
Processo geral
O novo sistema não exige uma adaptação somente dos funcionários dos aeroportos. Ele requer, também, uma mudança no comportamento dos próprios viajantes.
Exemplo disso é o fato de que se objetos soltos como sapatos, chapéus, cintos e outros não forem colocados com segurança nos recipientes, eles podem cair e ficar presos nas máquinas. Com isso, toda a fila fica travada.
Até o momento, segundo a TSA, as filas estão sendo monitoradas e o tempo de espera está dentro dos limites aceitáveis, em torno de 30 minutos ou menos.
Futuro melhor
Assim que terminar a fase de testes e adaptação, a previsão é que tudo ocorra de um jeito mais rápido e as filas diminuirão consideravelmente.
Uma das alternativas para aprimorar isso é a triagem remota, uma opção de monitoramento que já está sendo testada e que envia imagens de várias pistas de detecção espalhadas pelo aeroporto para uma sala autônoma de revisão.
noticia por : R7.com