Segundo dados de análise feita pela consultoria B4Risk a pedido de Tilt, o número de ocorrências de roubos e furtos de celulares no estado de São Paulo apresentou uma redução de 3% no primeiro semestre de 2023 em relação ao mesmo período do ano anterior.
Entre janeiro e junho deste ano, foram registrados 178.618 casos, contra os 182.443 no mesmo período de 2022, com base em dados públicos da Secretaria de Segurança Pública do estado.
O levantamento possibilitou identificar padrões nos crimes de roubo e furto de aparelhos. Ficou evidente que a ocasião em que os crimes ocorrem continua a mesma, predominantemente perto do fim de semana, à noite e em via pública.
O mês de março de 2023 chamou a atenção com o maior aumento de ocorrências na comparação ano a ano, com um crescimento de 14%. Esse mês foi marcado pela realização de uma operação policial na rua Guaianases, região central de São Paulo, conhecida como reduto de receptação de celulares na cidade.
Outra mudança significativa nos seis primeiros meses de 2023 diz respeito à modalidade de crime: os furtos (subtração do celular sem violência) cresceram de 48,65% para 50,98% dos casos, enquanto os roubos (subtração do celular com violência) caíram de 48,06% para 44,27% das ocorrências.
Quando se analisa as marcas de celular mais furtadas e roubadas, a Samsung continua liderando com 33,48% dos casos, refletindo a sua posição de liderança no mercado de smartphones.
A surpresa fica por conta da Apple, que passou da terceira posição no primeiro semestre de 2022 para a segunda posição em 2023, com 26,51% dos casos. A Motorola, que antes ocupava a segunda posição, agora está em terceiro lugar, com 22,27% das ocorrências.
Ranking das marcas de celular mais furtadas e roubadas (1º semestre de 2023):
- Samsung – 33,48% (34,95% no 1º semestre de 2022);
- Apple – 26,51% (22,83% no 1º semestre de 2022);
- Motorola – 22,27% (24,79% no 1º semestre de 2022);
- Xiaomi – 8,26% (7,44% no 1º semestre de 2022);
- Outros – 5,46% (4,11% no 1º semestre de 2022);
- LG – 2,01% (3,68% no 1º semestre de 2022);
- Asus – 0,56% (7,44% no 1º semestre de 2022);
- Positivo – 0,27% (1,09% no 1º semestre de 2022);
- Multilaser – 0,20% (0,24% no 1º semestre de 2022);
- Nokia – 0,20% (0,21% no 1º semestre de 2022).
Em relação ao período em que as ocorrências são mais frequentes, a análise mostrou pouca mudança entre os primeiros seis meses de 2023 e o mesmo período do ano anterior. Os crimes continuam a ocorrer predominantemente à noite, entre quinta-feira e domingo, e em locais públicos.
Os dias da semana com mais ocorrências têm uma predominância próxima ao fim de semana, com os picos ocorrendo nas sextas e sábados. Seis em cada dez ocorrências acontecem entre quinta e domingo.
Sobre o local preferido dos criminosos para roubo e furto de celular no estado, as vias públicas lideram com 72,98% das ocorrências, seguidas por terminais/estações (6,6%), residências (3,63%) e comércios e serviços (1,92%).
O especialista Guaracy Mingardi, membro do FBSP (Fórum Brasileiro de Segurança Pública), ressalta que o celular é um objeto de grande interesse para os criminosos, pois muitas pessoas não carregam grandes quantias em dinheiro, mas têm um smartphone.
Os criminosos podem lucrar rapidamente com a venda desses aparelhos para receptadores. Combater a receptação exige investimento em investigações realizadas pela polícia civil, o que envolve maior efetivo e inteligência.
Para se proteger, especialistas recomendam algumas medidas, como evitar fazer chamadas ou responder mensagens em locais públicos, desconfiar de movimentações suspeitas ao redor e trocar senhas de redes sociais e e-mail após o roubo ou furto do celular.
Caso o aparelho seja roubado ou furtado, é importante fazer um boletim de ocorrência, acionar o banco para bloquear temporariamente contas e cartões e mudar as senhas de suas contas na internet.
Além disso, os sistemas de rastreamento e bloqueio remoto do celular podem ajudar na recuperação do aparelho e na segurança das informações pessoais.
noticia por : R7.com
