Um estudo feito em 2011 por pesquisadores argentinos, publicado na revista Fertility Sterility, afirmou que usar o notebook no colo pode afetar a fertilidade dos homens. Na época, a pesquisa foi muito divulgada pelos veículos de comunicação e virou pauta rotineira no meio tech.
Afinal, será que, mesmo com o avanço da tecnologia dos últimos anos, esta ainda é uma questão com a qual os homens que querem ter filhos devem realmente se preocupar? Bom, antes de tudo, é importante entender o que exatamente causaria a infertilidade de uma pessoa nessa situação.
Você já deve saber que o testículo deve ter de 1 a 2 °C a menos do que a temperatura do resto do corpo. Por isso, o ideal é que as pessoas mantenham o local protegido de fatores externos que possam aquecer demais a região. Dito isso, como o uso de notebook poderia impactar a capacidade reprodutiva de uma pessoa?
Reprodução/GettyImages
Alta temperatura e rede Wi-Fi
A crença popular é que a alta temperatura do aparelho (consequência do aumento da bateria esquentando) poderia superaquecer a região e “cozinhar” os espermatozoides.
Já o estudo argentino aponta que outro culpado seria, na verdade, a rede Wi-Fi. Isso porque a radiação das conexões poderiam causar danos no DNA humano e, consequentemente, diminuir a qualidade do sêmen. Para o estudo, os pesquisadores recolheram pequenas quantidades de sêmen de 29 voluntários com, em média, 34 anos e as expuseram sob um notebook conectado à internet por Wi-Fi.
Após um período de quatro horas, o grupo concluiu que 25% dos espermatozoides perderam mobilidade, enquanto 9% deles tiveram a estrutura do seu DNA danificada. Por outro lado, as amostras próximas de um notebook que não estava conectada à rede de internet quase não foram danificadas.
Na conclusão do estudo, no entanto, os pesquisadores ressaltaram que a análise não prova que o uso de notebook no colo pode deixar um homem estéril – até porque não é muito comum que os homens passem mais de quatro horas com o aparelho na perna, em cima dos testículos.
Não existem estudos suficientes que provem o impacto negativo do calor do notebook na produção dos espermatozoides
Já em relação à temperatura, muitos médicos afirmam que o calor do aparelho não é suficiente para reduzir a produção de esperma. Uma pesquisa divulgada pela Clínica de Urologia do Norte do Texas, por outro lado, indica que a alta temperatura de uma banheira de hidromassagem pode ser mais prejudicial do que o calor de um eletrônico, por exemplo.
De qualquer forma, é importante consultar um urologista com frequência para evitar surpresas e, claro, tirar dúvidas como essa.
noticia por : R7.com