TECNOLOGIA

IA ajuda deficientes visuais: o braille vai acabar?

No Brasil, mais de 6,5 milhões de pessoas enfrentam desafios diários devido à deficiência visual, e dentre elas, 500 mil são totalmente cegas, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Há alguns anos, a principal ferramenta de leitura e comunicação para essas pessoas era o sistema braille, criado em 1852 por Louis Braille. Contudo, o avanço tecnológico trouxe soluções inovadoras, transformando a realidade dos deficientes visuais por meio da inteligência artificial.

A tecnologia como aliada diária

Atualmente, a tecnologia é uma aliada indispensável na vida dos deficientes visuais, proporcionando maior independência e acesso à informação. Os leitores de tela, presentes em smartphones e computadores, convertem textos e imagens em áudio, oferecendo uma experiência auditiva que amplia as possibilidades de interação.

Dispositivos como o OrCam My Eye representam uma revolução na assistência tecnológica. Acoplado aos óculos, esse dispositivo inteligente realiza tarefas como reconhecimento facial, leitura de textos, identificação de placas e até mesmo reconhecimento de cédulas de dinheiro.

A tecnologia não apenas quebra barreiras, mas redefine como os deficientes visuais interagem com o mundo ao seu redor.

O braille no contexto tecnológico

O braille, com seus caracteres em relevo, sempre foi uma ponte crucial para a leitura e escrita de pessoas com deficiência visual. No entanto, diante do avanço tecnológico, surge a questão: a inteligência artificial substituirá totalmente o que temos hoje?

Especialistas argumentam que, ao invés de ser uma substituição, a tecnologia deve ser vista como uma ferramenta complementar. O sistema braille, com sua rica história desde 1852, oferece uma base sólida e tangível para a aprendizagem.

A combinação desse sistema com a inteligência artificial proporciona uma experiência mais ampla e rica, tornando a vida dos deficientes visuais mais prática e menos restritiva.

A simbologia do braille, com seus 63 caracteres representando letras, números, sinais de pontuação e acentuação, continua desempenhando um papel essencial. A tecnologia, ao incorporar dispositivos inovadores e leitores de tela, não apenas preserva a relevância do método tradicional, mas eleva a experiência para um novo patamar de autonomia e inclusão.

Em suma, a resposta não é a substituição, mas a integração. A tecnologia e o braille coexistem para oferecer uma abordagem abrangente à acessibilidade, capacitando as pessoas com deficiência visual a explorar o mundo com maior independência e praticidade.

A revolução tecnológica, quando aliada ao respeito pela história e tradição, constrói um futuro mais inclusivo para todos.

noticia por : R7.com

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