Pesquisadores especializados no estudo de pinguins-imperadores fizeram um alerta sobre a influência do derretimento das geleiras na população de filhotes ao constatarem números preocupantes.
Os dados da pesquisa foram divulgados nesta quinta-feira (24) e apontaram que em quatro colônias dessas aves marinhas nenhum filhote sobreviveu.
Os pinguins-imperadores chocam seus ovos e criam seus filhotes no gelo que se forma ao redor do continente a cada inverno antártico e que derrete nos meses de verão do Hemisfério Sul.
Com a ajuda de satélites, os cientistas conseguiram observar que no mês de dezembro todo o gelo presente no mar de Bellingshausen havia derretido, assim como aconteceu na mesma época do ano em 2021.
Com isso eles deduziram que é pouco provável que algum dos filhotes tenha sobrevivido em quatro das cinco colônias estudadas. Isso pode ter ocorrido pelo do fato de os bebês só desenvolverem penas impermeáveis mais à frente.
“Se o gelo marinho se romper sob eles, os filhotes morrerão afogados ou congelados”, disse Peter Fretwell, integrante da Pesquisa Antártida Britânica e coautor do estudo publicado.
A equipe de Fretwell também estimou que há somente 300 mil casais de pinguins-imperadores, os maiores do mundo, na Antártida. Além disso, constataram que, das 62 colônias conhecidas, cerca de 30% foram prejudicados pelos baixos níveis de gelo e 13 desapareceram.
No geral, o gelo ao redor da Antártida atingiu níveis baixos quase recordes no ano passado. Os investigadores afirmam que as alterações climáticas tornarão essas perdas mais frequentes no futuro.
*Com supervisão de Ana Vinhas
Pinguins e geleiras sofrem com mudança climática na Antártida
noticia por : R7.com