Nas últimas semanas, banhistas nas praias de Caraguatatuba, no litoral de São Paulo, e em Capão da Canoa, no Rio Grande do Sul, foram surpreendidos pela presença de caravelas-portuguesas, criaturas aquáticas conhecidas por sua coloração azulada e aparência intrigante, especialmente para crianças curiosas.
No entanto, por trás de sua chamativa aparência, escondem-se perigos à saúde que exigem cautela.
Cientificamente classificadas como cnidários, as caravelas-portuguesas são parentes de corais, anêmonas-do-mar, gorgônias, hidroides e águas-vivas, habitando os mares de todo o mundo.
Estes organismos se alimentam de crustáceos e peixes, variando em tamanho de cerca de 1 cm a mais de 25 cm de comprimento.
No caso do Brasil, sua presença nas praias nacionais está muitas vezes associada a diferentes condições climáticas do país.
Descubra um pouco mais sobre a vida das caravelas-portuguesas e o perigo que elas podem representar aos banhistas.
Caravelas-portuguesas e seus riscos ocultos
Dotados de células urticantes chamadas cnidas, especialmente concentradas em seus tentáculos, as caravelas-portuguesas representam uma séria ameaça a banhistas.
Isso porque suas cnidas possuem microagulhas ou arpões que liberam toxinas, usadas para capturar alimento ou em defesa.
O contato com essas criaturas pode resultar em queimaduras químicas, intensa coceira e, em casos mais raros, até mesmo morte.
Embora não ataquem pessoas nas praias, essas toxinas que as caravelas liberam em caso de contato físico causam um desconforto significativo.
Veja como as caravelas-portuguesas são:
Caravela-portuguesa em areia da praia – Imagem: Arquivo Pessoal/Beatriz Torres
O que fazer em caso de contato com uma caravela-portuguesa?
Em caso de contato com o animal, é aconselhável lavar a área afetada com água do mar ou vinagre para evitar a liberação de mais toxinas.
Remover suavemente os tentáculos e aplicar compressas geladas para aliviar a dor são medidas essenciais, sem recorrer a métodos ‘populares’ como urina ou pasta de dente.
É crucial evitar o contato com caravelas-mortas na areia, pois ainda podem liberar toxinas. Os sintomas comuns após a queimadura incluem vermelhidão, edema, dor intensa, náuseas, tonturas e alterações respiratórias.
Persistindo os sintomas, é aconselhável procurar atendimento médico imediato.
Nesse contexto, os dermatologistas recomendam pomadas para queimaduras, anti-inflamatórios e hidratação local e oral como parte do tratamento, que pode levar meses para a completa recuperação da pele afetada.
Diante desses riscos, é importante que os banhistas estejam alerta e evitem o contato direto com essas fascinantes, porém perigosas, criaturas marinhas.
noticia por : R7.com