Poucas pessoas representam tão bem o atual momento do mercado de tecnologia quanto Elon Musk. O bilionário, famoso por ser dono da montadora de carros elétricos Tesla, também é dono de rede social, explorador espacial e quer implantar chips no cérebro humano. E, em 2023, ele arrumou brigas com prefeituras, quase saiu no soco (literalmente!) com Mark Zuckerberg, viu concorrentes surgirem, um de seus foguetes poderosos explodiu e foi ameaçado de processo. Nada mal!
Este ano foi o ano em que o Twitter como marca morreu, e deu lugar ao X, em julho. Como se não bastasse a rede social enfrentar fuga de anunciantes e investigação por, supostamente, não combater conteúdo criminoso, até a sede da empresa gerou problemas
Tudo porque a iluminação fortíssima da fachada, em São Francisco, nos Estados Unidos, atrapalhava o sono dos vizinhos. Além disso, a obra foi feita sem autorização
Em julho, a prefeitura interviu e a gigantesca luminária foi retirada do prédio
Em maio, Musk escolheu uma substituta para ele como executivo-chefe da empresa: Linda Yaccarino, anteriormente chefe de publicidade do conglomerado NBCUniversal. Pouco antes, em março, o bilionário avaliou o Twitter em US$ 20 bilhões, um valor muito menor que os US$ 44 bilhões pagos por ele na compra
Ainda assim, muitos analistas não tiveram muitas dúvidas de que era ele que continuava tomando boa parte das decisões da empresa — que causaram apagões técnicos e sumiços de fotos. E justamente sua péssima gestão abriu caminho para a concorrência!
A ideia dele de transformar o X em um ‘app completo‘ — que faz ligações, pagamentos e envia mensagens — nunca chegou perto de se concretizar
Também em julho, a Meta lançou o Threads, uma rede social focada em texto e vinculada ao Instagram. Foi um enorme sucesso no lançamento
E chegou ao impressionante número de 100 milhões de usuários em cinco dias, o que o tornou o app de maior sucesso da história da tecnologia
Mas números não contam toda a história: poucos dias depois, o calor em torno do aplicativo esfriou e até o momento a rede social ainda não enterrou de vez o X
Além disso, o Threads nasceu atrelado ao Instagram, uma rede social muito diferente de um microblog cheio de confissões, como o Twitter. E tinha termos de privacidade classificados como ‘um pesadelo’
A disputa entre Elon Musk e Mark Zuckerberg, dono do Facebook e Instagram, não se limitou aos lançamentos de apps. Em junho, o dono do X desafiou o rival para uma luta numa jaula — o que foi aceito pelo dono da Meta
O que parecia uma brincadeira que saiu do controle, logo ganhou ares sérios. Especialistas até especularam quem ganharia um possível confronto entre os dois ricaços
Até algumas artes foram feitas sobre o duelo, que se tornou um evento esperado pelo público
Mas Elon Musk desistiu da briga, em agosto, e pôs a culpa em problemas médicos, como dores nas costas
Suas outras empresas também passaram por certa turbulência. Uma das maiores foi a explosão do foguete Starship, considerada a ‘nave mais poderosa do mundo’, em seu primeiro voo de teste
Apesar de não conseguir completar a missão e ter rendido bilhões em perdas, Musk classificou o voo como um sucesso
Sete meses após o desastre, outro Starship explodiu, mas após conseguir se separar do propulsor
Já a montadora Tesla, que lidera o mercado de automóveis elétricos, enfrentou problemas para finalmente entregar a picape Cybertruck aos primeiros compradores
Em outubro, a empresa ainda anunciou um recall de quase 55 mil veículos, por causa de um defeito elétrico, que impedia que se detectasse quando o fluido de freio estava baixo
Aliás, o próprio Musk revelou, em setembro, que ‘quase morreu várias vezes’ testando o piloto automático da Tesla
Já a Neuralink, startup de chips cerebrais do bilionário, recebeu autorização para testar implantes em cérebros humanos, em setembro
Mesmo com o sinal verde, parlamentares dos Estados Unidos iniciaram uma investigação para apurar como a empresa realiza testes com animais
Antes de o ano acabar, Musk ainda encontrou tempo para xingar anunciantes e fazer uma piada de mau gosto com a Wikipédia. Além disso, enfrentou acusações de enganar acionistas do Twitter antes da compra
E ameaçou os usuários da própria rede social com possíveis cobranças de funções básicas e mensalidade para todos (!)
noticia por : R7.com
