Após analisarem rochas ígneas e fluxos de lava da ilha de Baffin, no Canadá, pesquisadores do Caltech e do Woods Hole Oceanographic Institution (WHOI) encontraram evidências de vazamento do núcleo terrestre. A pesquisa, ainda preliminar, foi publicada recentemente na revista acadêmica Nature.
A hipótese é baseada nos vestígios de hélio-3 identificados nas amostras coletadas durante o estudo. O isótopo em questão é extremamente raro no planeta — embora abundante no espaço sideral e em corpos celestes, como nossa Lua, por exemplo.
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A proporção de hélio-3 encontrada em relação ao hélio-4, muito mais comum, era 67 vezes maior do que o esperado na atmosfera.
Sendo assim, a conclusão é que a origem do isótopo seja o núcleo terrestre. Caso a hipótese seja posteriormente confirmada, os cientistas terão maior facilidade em analisar o material que compõe a camada mais interna do planeta, inacessível com as tecnologias que temos à disposição.
O hélio
Na Terra, o hélio é encontrado apenas no manto e no núcleo do planeta. Caso não esteja “preso” a essas estruturas — ou armazenado em algum tipo de suporte, como um cilindro, por exemplo —, ele tende a escapar em direção ao espaço, devido ao papel da atmosfera terrestre como escudo protetor contra a radiação.
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Tal característica justifica a raridade do gás nobre no ambiente terrestre.
Dado o potencial do hélio-3, especificamente para a fusão nuclear, como processo de geração de energia, o isótopo tem despertado a cobiça das grandes potências, que mantêm planos de exploração do solo lunar para extrair o combustível.
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noticia por : R7.com