Por Rodolfo Brizoti.
A inteligência artificial (IA) é uma das áreas da ciência da computação que mais está em pauta, e não é para menos. Ela já faz parte do nosso dia a dia, mesmo que muitas vezes não percebamos.
Usamos IA quando fazemos uma busca no Google, quando recebemos recomendação de uma série na Netflix, quando pedimos uma pizza pelo iFood, quando usamos um GPS para nos orientar, quando tiramos uma selfie com um filtro do Instagram, quando conversamos com um chatbot e assim por diante. A IA nos ajuda a resolver problemas, a economizar tempo, a nos divertir, a nos comunicar, a nos informar, a nos educar e muito mais.
Essa tecnologia, de maneira mais técnica, é o que cria máquinas e sistemas capazes de realizar tarefas que normalmente exigiriam inteligência humana, como reconhecer imagens, compreender linguagem natural, jogar xadrez, tomar decisões, etc. Mas, apesar de parecer novidade, a IA na verdade existe há mais de 6 décadas, desde que o termo foi cunhado em 1956 por John McCarthy, um dos pioneiros da disciplina.
A inteligência artificial pode auxiliar os processos humanos, especialmente os corporativos.
Desde então, ela tem evoluído e se ramificado em diversas subáreas, como aprendizado de máquina, processamento de linguagem natural, visão computacional, robótica, entre outras. Acontece que, nos últimos meses, fomos surpreendidos por um boom de avanços e aplicações da IA que nos deixaram assustados e intrigados.
Vimos robôs capazes de dançar, saltar, correr, abrir portas e até mesmo fazer parkour. Vimos algoritmos capazes de gerar textos, imagens, músicas, vídeos e rostos de pessoas que não existem. Vimos sistemas capazes de diagnosticar doenças, traduzir idiomas e reconhecer emoções. Vimos a inteligência artificial superar os humanos em jogos complexos como Go, xadrez, pôquer ou StarCraft II.
Esses exemplos nos mostram o potencial e o poder da IA, mas também nos fazem questionar os seus limites e os seus riscos. Será que ela vai substituir os humanos em diversas atividades e profissões? Será que ela vai se tornar mais inteligente e mais autônoma do que os humanos? Será que vai se rebelar e dominar o mundo como o cinema já trabalha desde os anos 80, com Exterminador do Futuro?
Essas são algumas das perguntas que nos assombram quando pensamos no futuro da inteligência artificial. E o que vemos cada vez mais latente, diferente do que sempre pensamos, é que quem se sente mais ameaçado não é o operário da fábrica, mas sim os profissionais de criação, de desenvolvimento, de programação, de inovação, de negócios, pois o que essa “nova IA” está nos mostrando é que ela está mais voltada para se aproximar com o ser humano. Que medo, não é mesmo?
Mas será? Eu sinceramente acho que não devemos ter medo, mas sim aprender a usá-la a nosso favor. Devemos vê-la não como uma ameaça, uma inimiga ou uma concorrente, mas sim uma oportunidade, uma aliada e uma parceira. A IA não é um fim, mas sim um meio. E para falar isso, eu recorri a ela, mais especificamente ao ChatGPT, e perguntei qual o papel dela na sociedade, pedindo pra escrever um parágrafo para meu artigo. Aqui vai:
“Um dos papéis da IA é ajudar o ser humano no seu desenvolvimento, não roubar o seu lugar. A IA pode complementar as habilidades e os conhecimentos dos humanos, oferecendo suporte, orientação, feedback, e inspiração. A IA pode facilitar o acesso e a disseminação da informação, da educação, e da cultura, promovendo a inclusão, a diversidade, e a democracia. A IA pode potencializar a produtividade e a qualidade dos produtos e serviços, gerando mais valor, eficiência, e inovação.”
Assim, a inteligência artificial abre nossos caminhos se soubermos usá-la, com um universo de possibilidades para inovação criativa, construtiva e comportamental. A IA nos permite explorar novas áreas do conhecimento, da arte, da ciência, da tecnologia, da cultura, da sociedade e de nós mesmos. Ela nos permite ampliar nossas capacidades, nossos horizontes, nossos sonhos e nossos valores, bem como acelerar a inovação, a transformação, a evolução e a revolução.
Como usar a Inteligência Artificial no processo criativo?
Procurando ser mais prático neste contexto, na minha agência de live marketing, incorporamos, em definitivo, o uso da IA no processo criativo e de desenvolvimento há cerca de 5 meses. E é abissal o avanço que ela proporcionou. Exemplos:
1. Assistentes virtuais
Enquanto antigamente era praticamente impossível incorporar a inclusão de assistentes virtuais em eventos ou em campanhas de relacionamento devido o tempo disponível e o alto investimento necessário para a criação do personagem, modelagem, motion, locução, roteirização, etc. Hoje, em minutos, criamos um assistente com características reais: com “vida”, conteúdo e movimento capaz de interagir com o público.
2. Pré-brainstorm
Atualmente, com o apoio da inteligência artificial, tornou-se muito mais rápido e dinâmico o processo de criação de qualquer projeto, uma vez que a IA permite um “pré-brainstorm” para pensar em ideias e soluções. Ao chegar no brainstorm propriamente dito, com o time criativo, todos estão mais capacitados e qualificados a partir da interação com ela.
3. Análise de dados
Quando falamos em análise de dados de pesquisa para criação e desenvolvimento de projetos diversos, a IA dá um banho de agilidade, capacidade analítica e perspicácia, entregando dados capazes de direcionar qualquer processo criativo.
4. Apresentações
Para apresentações, mesmo que não queira que a tecnologia crie do zero e você prefira fazer isso para ter uma qualidade visual mais impactante, que é o meu caso, a IA ainda assim auxilia de uma forma maravilhosa e rápida. Enquanto anteriormente eu perdia horas procurando as imagens ideais para compor um slide do PPT, hoje, em minutos, consigo criar exatamente a imagem que quero, deixando ainda com a cara do cliente através das cores pedidas no prompt;
5. Busca por inspirações
E a busca de experiências e lugares, então? Hoje, com um “papo” rápido com o amigo GPT, conseguimos descobrir novos lugares e muitas vezes inusitados, referências e inspirações para, numa viagem de incentivo, por exemplo, conseguir encontrar aquele detalhe capaz de proporcionar uma Content Experience F$%@!
Esses são cinco exemplos que já usamos hoje e possibilitam ganho de produtividade, de assertividade e de agilidade em nossos processos. E são exemplos que, tenho absoluta certeza, não correspondem nem a 10% da infinidade de possibilidades que a IA pode trazer para facilitar nossa vida.
Ela realmente nos leva para outro mundo, mas não um mundo distópico, onde os humanos são escravos ou obsoletos, mas sim um mundo utópico, onde os humanos são livres e protagonistas. Um mundo onde a IA é uma ferramenta que nos ajuda a criar, a colaborar, a aprender, a crescer e a sermos felizes. Um mundo onde ela é uma extensão da nossa inteligência, da nossa criatividade, da nossa vontade e da nossa humanidade.
O ponto principal que devemos ter em mente sobre a IA, como o próprio ChatGPT mencionou acima, é o quanto ela pode nos auxiliar para inovar, visando sempre gerar mais valor e eficiência aos nossos clientes.
A inteligência artificial é uma realidade que já está presente em nosso meio, mas que ainda tem muito a nos oferecer. Não devemos temê-la, mas sim abraçá-la, compreendê-la e aproveitá-la. A IA é uma aventura que nos convida a embarcar, mas que depende de nós para definir o destino. É um desafio que nos estimula a superar, mas que requer de nós responsabilidade, ética e consciência.
A IA é uma oportunidade que nos dá medo, mas que leva a gente para outro mundo. Um mundo melhor.
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Rodolfo Brizoti é Sócio e Head de Criação, Planejamento e Content da EAÍ?! Content Experience, agência de live marketing focada em content experience e em inovações na realização de eventos, campanhas de incentivo, promoções, premiações e as mais diversas ativações de brand experience. Já trabalhou com grandes players do mercado, como Whirlpool, Heineken, iFood e Havaianas.
noticia por : R7.com