A preferência dos brasileiros por medicamentos genéricos — tradicionalmente mais baratos — voltou a crescer. Dados do Anuário Estatístico do Mercado Farmacêutico, divulgado pela SCMED (Secretaria-Executiva da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos), revelam que foram vendidos 2,33 bilhões de caixas de genéricos em 2022, um aumento de 6,9% em relação ao ano anterior.
A participação dos genéricos no total de remédios comercializados havia caído, entre 2020 e 2021, de 45% para 36%.
No ano passado, voltou a crescer e representou 41% — o que significa dizer que quatro de cada dez embalagens de remédios compradas nas farmácias brasileiras no ano passado eram de genérico.
Os medicamentos similares respondem por 29,1%; os de referência, 16,1%; o restante são biológicos, não específicos e fitoterápicos.
Apesar desse aumento de participação total a quantidade absoluta de caixas de genérico vendidas vem caindo.
O decréscimo observado das vendas ano após ano foi de 37% de 2020 para 2021 e de 6,88% de 2021 para 2022.
Preço médio dos genéricos
O preço médio do genérico no país se manteve estável entre 2021 e 2022 — R$ 8,49 e R$ 8,50, respectivamente.
Porém, em relação a 2020, houve um aumento de 77,4%, já que custava R$ 4,79 naquele ano.
Similares em segundo lugar
Já os chamados similares representaram quase um terço do total de embalagens comercializadas em 2022. A participação subiu em relação a 2021, quando era de 20,5%.
O preço médio dos similares foi de R$ 15,03, patamar estável na comparação com o ano anterior, e com aumento de 10,7%, quando observado o valor de 2020 (R$ 13,57)
A vantagem dessas duas categorias em relação aos chamados medicamentos novos (também chamados de referência) é principalmente o preço.
Um medicamento de referência — o primeiro daquela classe a ser liberado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) — custava no ano passado R$ 45,62, 436,7% a mais do que um genérico e 203,5% do que um similar.
Diferenças
Os genéricos são rigorosamente testados e comprovam a bioequivalência em relação aos medicamentos de referência, com garantia da mesma composição, forma, posologia e eficácia.
Já os medicamentos similares também possuem equivalência terapêutica com os medicamentos de referência, ao abranger composição, forma e posologia, mas não são obrigados a demonstrar bioequivalência por meio de estudos clínicos.
FONTE : R7.com