SAÚDE

Retirada de útero, como de Preta Gil, é indicada em casos de sangramentos anormais a cânceres


Após a cirurgia para a retirada do tumor retal, Preta Gil, de 49 anos, atualizou as redes sociais e informou que foi submetida, também, a uma histerectomia abdominal total. O procedimento consiste na retirada de todo o aparelho uterino.


O Manual MSD de Diagnósticos e Tratamentos afirma que existem três tipos de histerectomia:



• histerectomia subtotal (supracervical): apenas a parte superior do útero é removida, mas não o colo;


• histerectomia total: todo o útero, incluindo o colo do útero, é removido. Geralmente, é realizada em casos de câncer de útero ou câncer de ovário;


• histerectomia radical: todo o útero e os tecidos circundantes (incluindo a parte superior da vagina, ligamentos e, normalmente, os linfonodos) são removidos. Geralmente, é realizada em casos de câncer do colo do útero ou câncer de vagina.


De acordo com o ginecologista e obstetra, Alexandre Pupo, médico associado à Febrasgo (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia), para que uma paciente realize o procedimento é importante que, primeiro, ela concorde com a condição de que não poderá mais gerar filhos, visto que não terá mais o órgão reprodutor.


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Além dos cânceres, a indicação de histerectomia se dá em casos de sangramentos uterinos anormais (hemorragias durante as menstruações ou sangramentos que não param com nenhum tratamento clínico); miomas de grande volume (acima de 3 cm ou que tenham crescimento rápido); crescimento exagerado do órgão; lesões precursoras de câncer; hiperplasia endometrial atípica; e, hoje raramente, em prolapsos uterinos.


A histerectomia pode ser feita por via vaginal, por via laparotômica (em que o abdômen é cortado para a retirada do útero), por laparoscopia ou por cirurgia robótica. A decisão do método ocorre em razão do tamanho do útero e da experiência do cirurgião. 



“Não existe nenhuma relação entre cirurgias para a retirada de tumores intestinais com a histerectomia. A retirada do útero, provavelmente, se dá por outra condição que a justifique — alguma patologia no órgão — e por razões em que os cirurgiões possam ter concluído pela extração do órgão nesse momento”, esclarece o ginecologista Alessandro Scapinelli.


Scapinelli alega que a recuperação da histerectomia é rápida e permite à paciente voltar às atividades normais dentro de uma semana. 

FONTE : R7.com

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