Algumas das modalidades de planos de saúde coletivo registraram, no acumulado dos cinco últimos anos, reajustes que chegam a ser quase duas vezes maiores do que os sofridos pelos planos individuais.
Se em algum ano o reajuste não foi maior, nos outros os aumentos compensaram, destacam os dados de um estudo divulgado pelo Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor).
O preço médio da mensalidade de planos de saúde individuais com segmentação ambulatorial e/ou hospitalar, contratados para a faixa etária de 39 a 44 anos, passou de R$ 522,55 para R$ 707,59 (+35,4%) entre 2017 e 2022.
Por outro lado, os coletivos empresariais contratados apresentaram valores bem maiores no mesmo período: com 30 vidas ou mais, aumentaram 58,94%; coletivos por adesão, com 30 vidas ou mais, 67,68%; coletivos por adesão, com até 29 vidas, 74,33%; e coletivos empresariais, com até 29 vidas, 82,36%.
“Os resultados indicam, nitidamente, a grande vantagem na contratação de planos individuais. Ainda que o plano fosse contratado por um valor ligeiramente superior ao de outros tipos de produtos, a limitação dos reajustes protege o consumidor das flutuações de preços subsequentes, que encarecem muito o contrato no médio prazo”, conclui o estudo.
“Apesar dessas ligeiras variações anuais, quando comparamos a oscilação de preço médio entre 2017 e 2022, percebemos que todos os aumentos nos coletivos superaram significativamente os dos individuais”, comenta Marina Magalhães, analista do programa de saúde do Idec responsável pela pesquisa.
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Para Ana Carolina Navarrete, coordenadora do programa de saúde do Idec, a pesquisa evidencia como os planos coletivos acabam se tornando uma armadilha para uma grande parcela dos consumidores do país que acredita estar escolhendo a melhor alternativa.
“Com grande disponibilidade, ao contrário da oferta cada vez mais reduzida dos planos individuais, os coletivos dominam o mercado e acabam se tornando uma bomba-relógio que ao longo do tempo vai aumentando a chance de explodir”, ressalta Ana.
Se o período a ser analisado for ampliado, as discrepâncias permanecem. Em uma outra análise, comparando a contratação de um plano de saúde para a mesma faixa etária, em 2015, um consumidor de plano individual veria sua mensalidade crescer 74,62% até 2022. No mesmo período analisado, os planos coletivos empresariais com até 29 vidas tiveram um aumento médio de 148%, ou seja, mais do que dobraram de valor.
FONTE : R7.com