SAÚDE

Homem que perdeu os três filhos para o câncer morre da mesma doença


A morte do cearense Régis Feitosa Mota, 53, repercutiu nas redes sociais. Ele ficou conhecido por perder os três filhos para o câncer, passando, também por três diagnósticos da doença — leucemia linfoide crônica, linfoma não Hodgkin e mieloma múltiplo, o último diagnosticado em janeiro. O homem e os filhos eram portadores da LFS (síndrome de Li-Fraumeni), mutação genética que propicia o aparecimento de cânceres. 



No começo do ano, ele publicou em seu Instagram um relato do último diagnóstico. Mota morreu neste domingo (13), e a notícia foi compartilhada na rede social por esposa, Mariella Pompeu. 




Em 2009, a primogênita de Mota, Anna Carolina, descobriu uma leucemia linfoide aguda. Em 2016, Régis e o filho do meio, Pedro, descobriram a doença. No ano seguinte, a caçula da família, Beatriz também foi diagnosticada, morrendo em 2018.


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Em 2021, Pedro faleceu em decorrência do diagnóstico. No ano seguinte, foi a vez de Anna. 


A LFS é uma síndrome rara, herdada pela família, em que ocorre uma mutação no gene TP53, que predispõe seus portadores ao desenvolvimento de cânceres ao longo da vida. O TP53 está ligado à supressão de tumores e, com essa mutação, seus portadores têm o sistema imune mais suscetível ao acúmulo de mutações, transformando as células em malignas. 


Em entrevista ao R7, Pablo de Nicola, geneticista da BP — A Beneficência Portuguesa de São Paulo e Allyne Cagnacci, oncogeneticista do Centro Especializado em Oncologia do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, explicaram que, embora quem tenha LFS possa desenvolver qualquer câncer, eles são mais suscetíveis a tumores na mama, tumores cerebrais, leucemias, sarcomas (tumores musculares), osteossarcomas (câncer nos ossos), cânceres gastrointestinais, câncer de tireoide e adrenocortical (na glândula suprarrenal).



A LFS é rara ao redor do mundo, mas existe uma prevalência maior no Brasil, em especial no sul do país, devido ao chamado “efeito fundador”, em que há um ancestral comum. 


A mortalidade em sua decorrência não é registrada, uma vez que são contabilizados apenas nas mortes por câncer e tumores relacionados.

FONTE : R7.com

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