Julia Oviedo | Sesp-MT
Paralelo ao trabalho de inúmeros profissionais de saúde que têm atuado desde a chegada das primeiras doses das vacinas CoronaVac e AstraZeneca em Mato Grosso, as forças de segurança também se mobilizam para manter a escolta e fazer com que este material chegue até os municípios do interior do Estado.
Mato Grosso já recebeu até o momento, segundo a Secretaria de Estado de Saúde (SES), 161 mil doses de vacina em três diferentes remessas: a primeira, com 126 mil doses da CoronaVac; a segunda, com 24 mil doses da AstraZeneca e a última remessa de 11 mil doses da CoronaVac.
Em um Estado com uma extensão territorial como a de Mato Grosso, foi necessário que o Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer), ligado à Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp-MT), atuasse no transporte aéreo das vacinas até os municípios do interior. Para isso, quatro aeronaves são empregadas.
Até o momento, a unidade já contabilizou 41 horas de voo no transporte das vacinas, percorrendo todas as regiões de Mato Grosso, totalizando 17 municípios. Algumas destas cidades têm difícil acesso terrestre, como é o caso de Rondolândia e outras distantes da capital, como Colniza, São Félix do Araguaia, Aripuanã, entre outras.
Há também os municípios polo, como Rondonópolis, Sinop, Cáceres, Pontes e Lacerda, Alta Floresta, Tangará da Serra, Juína e Barra do Garças, que também receberam as doses da vacina.
Se as vacinas precisaram de reforço para chegar até seu destino final, essa mesma preocupação também ocorre com a escolta e segurança dos materiais, que está sendo realizada pela Polícia Militar de Mato Grosso (PM-MT), por meio de operação ostensiva.
De acordo com o secretário adjunto de Integração Operacional da Sesp-MT, coronel PM Victor Fortes, a atuação das forças de segurança representa agilidade e integração entre instituições.
“Com o trabalho do Ciopaer, conseguimos dar agilidade na distribuição para os municípios do interior e com a Polícia Militar pudemos realizar a guarda e escolta das vacinas em apoio à Secretaria de Saúde. Trata-se de uma ação integrada, em que é importante ressaltar o empenho de todos os profissionais da segurança pública em mais essa missão”, disse o adjunto.
Ao chegarem ao seu destino, as vacinas são transportadas pelos policiais militares até a unidade de saúde onde serão armazenadas. Se necessário, a Polícia Militar local também realiza a guarda dos materiais e o policiamento nos locais de vacinação para evitar qualquer tipo de ocorrência.
De acordo com balanço parcial da Superintendência de Planejamento Operacional e Estatísticas da PM-MT, são 55 pontos com policiais fazendo a guarda das vacinas; 62 com patrulhamento, ou seja, rondas no entorno dos locais de vacinação; 125 municípios atendidos; 35 escoltas de transporte de vacinas; 97 viaturas e 230 policiais empregados até o momento.
“O policiamento é importante para evitar tumulto nos locais de vacinação, principalmente neste primeiro momento da primeira dose que é de grande movimentação de pessoas a procura de vacina. E enquanto durar o período de vacinação, tanto na primeira dose, como na segunda, a PM dará o apoio necessário a esse grande momento da pandemia, que é a imunização”, assegurou o subchefe de Estado Maior, coronel PM Walkley Corrêa Rodrigues.
O secretário adjunto da Sesp-MT, lembra que a atuação das forças de segurança iniciou assim que a pandemia dava os primeiros passos em Mato Grosso, ainda em março de 2020 e terá continuidade enquanto for necessário.
“Os profissionais da segurança pública sempre estiveram na linha de frente, desde o primeiro momento, seja na fiscalização, nas operações de dispersão evitando as aglomerações e agora neste segundo momento que estamos com a esperança da chegada da vacina em nosso estado, a Sesp-MT, por meio das forças, também está empenhada no apoio a distribuição, guarda e escolta”, disse o coronel PM Fortes.