Gazeta Digital – Noelma Oliveira
Uma situação inusitada e de grande consternação foi registrada no município de Guiratinga (distante 328 km ao sul) na sexta-feira (8). A morte de Carolina Lopes de Almeida, 93 anos, a dona Caluzinha, como era conhecida, por volta das 07h20, logo correu pela cidade, parentes foram avisados e cerca de duas horas depois começou o velório, no salão da igreja. Mas, cerca de 8 horas após confirmado o falecimento, a idosa apresentou sinais vitais e foi levada de volta ao hospital, ainda dentro do caixão.
Parentes de dona Caluzinha sentiram, no período da tarde durante o velório, o seu corpo quente, mas acharam que era por conta da alta temperatura. Então, sem qualquer alarde, uma parente chamou outra, que havia ido de Cuiabá para a despedida, que também observou sinal de vida. Em seguida, procuraram um médico que foi até ao local junto com uma enfermeira. Para surpresa e consternação de todos, o médico examinou e constatou sinais vitais na idosa.
De volta ao hospital, que cerca de 8 horas havia confirmado o seu óbito, dona Caluzinha foi atestada como viva. Várias manobras médicas foram utilizadas e só por volta das 19h00 de sexta-feira, ela faleceu.
A idosa, muito conhecida em Guiratinga, foi enterrada neste sábado (9). Os familiares e amigos consternados com a morte vivem um momento duplamente de dor e lastimam pelo o ocorrido.
Em um primeiro momento, os parentes de dona Caluzinha quando observaram o seu corpo quente, prefiraram procurar a ajuda de profissional, mas a chegada do médico e a retirada da idosa dada como morte, levada no caixão, para o hospital deixaram todos polvorosos.
Católica, dona Caluzinha sofria de Alzheimer há cerca de 20 anos. Tinha uma saúde debilitada, porém era muito bem cuidada pela família.
Em Guiratinga, desde sexta-feira não há outro assunto senão o fato da idosa não ter morrido. Assim, o assunto ganhou repercussão e chegou a Cuiabá e no país. Um familiar de dona Caluzinha que estava indo para o seu primeiro velório, quando soube da notícia de que não teria mais velório porque ela ainda estava viva, parou em Rondonópolis e trocou as lágrimas por sentimento de alívio e tomou uma boa cerveja.
Artista nacional, nascido em Guiratinga, Ataíde Arcoverde também deu voz ao sentimento de dor e a perplexidade vivenciada pelas pessoas que estavam no velório.
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