SAÚDE

‘Deviam ter feito antes’, diz sindicato sobre ações da Secretaria da Saúde do DF contra a dengue


O presidente do sindicato de médicos do DF (SindMédico), Gutemberg Fialho, criticou as ações da Secretaria de Saúde do DF contra a alta nos casos de dengue. O dirigente sindical afirma que as medidas tomadas “são importantes, mas deviam ter sido feitas antes”. A fala aconteceu durante a reunião pública na CLDF (Câmara Legislativa do DF) para debater a epidemia da doença nesta segunda-feira (5).



“Desde novembro, a mídia e o Ministério da Saúde anunciam que vai aumentar os casos de dengue, e as ações começaram quando? Em janeiro, quando a situação estourou”, reclama.


O médico afirma que a falta de Avas (Agentes de Vigilância Ambiental em Saúde) e ACS (Agentes Comunitários de Saúde) para trabalhar na prevenção e fiscalização da dengue contribuiu para a alta de casos.


Gutemberg afirma que a Saúde tem um “problema de subnotificação” e que as mortes causadas pela dengue são maiores do que o que é divulgado. “Recém-nascidos que foram a óbito, temos uns seis, mas a secretaria diz que não teve nenhum”, diz. Segundo a secretaria, 11 mortes foram confirmadas pela doença desde o começo do ano.


Dengue no DF


O Distrito Federal registra 46,5 mil casos e 11 mortes por dengue, segundo a Secretaria de Saúde. A informação foi dada na manhã desta segunda-feira (5) em visita do governador do DF, Ibaneis Rocha, ao Hospital de Campanha da Aeronáutica, montado ao lado da UPA 1 de Ceilândia, com atendimento 24 horas. O chefe do Buriti disse que realiza um trabalho conjunto com diversas pastas do governo para limpar bairros e eliminar os criadouros do mosquito.


“O momento é de emergência, e a gente pede o apoio de toda a população. A gente vê lixo espalhado por toda a cidade e sabemos que o mosquito se alastra de uma forma muito rápida. Então nós precisamos do apoio de toda a comunidade para combater o mais rápido possível esse problema, que é seríssimo”, disse Ibaneis.


Contratação de AVAS


A CLDF aprovou na última quinta-feira (1º) um projeto de lei que autoriza a nomeação de 150 Agentes de Vigilância Ambiental em Saúde, aprovados em concurso para ajudar no combate à dengue. O texto atualiza o orçamento previsto para 2024, já que o impacto financeiro das contratações é maior do que estava autorizado antes.


O projeto foi aprovado em dois turnos com 21 votos favoráveis e nenhum contrário e segue para sanção do governador Ibaneis Rocha. O texto é de autoria do Executivo e foi enviado à Câmara Legislativa em 15 de janeiro.


Os agentes atuam na prevenção e no combate de epidemias e de pragas como a dengue. Eles trabalham em campo com ações educacionais, visitas técnicas, pesquisas e em programas de saúde ambiental ligados a fatores biológicos e não biológicos, controle de endemias e zoonoses, entre outros.

FONTE : R7.com

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