BIANCA FUJIMORI
DA REDAÇÃO – MÍDIA NEWS
Uma viagem de Réveillon entre sete amigos para Cancún, no México, se transformou em momentos de desespero quando um dos membros do grupo, a professora Eliene Marques, começou a sentir falta de ar durante o voo.
Conforme relatou o professor Marcos Reis ao MidiaNews, o grupo embarcou em São Paulo para a Cidade do México na manhã do dia 31 de dezembro.
Após duas horas de viagem, Eliane começou a se sentir mal e não conseguiu comer durante todo o voo. Quando os amigos chegaram à Cidade do México, a professora já estava muito debilitada.
A primeira parada foi um hotel e, depois, o grupo correu para um clínica médica particular, de acordo com o professor. Foi então que começou uma saga em busca de atendimento.
“Na clínica o médico pediu que fôssemos a um hospital que tivesse uma estrutura melhor. Então saímos em busca de hospitais tanto privados como públicos, porém nenhum deles a aceitou”, contou Reis.
Já com saturação – que indica a qualidade de respiração – de Eliane em 40%, o grupo precisou voltar para o hotel sem que ela recebesse atendimento médico. Saturação normal é acima de 90%.
No dia seguinte, 1º de janeiro, os amigos seguiram para Cancún na esperança de conseguir um local que pudesse receber a professora.
“Durante o voo ela precisou de oxigênio. Chegou muito mal. Procuramos um hospital particular que a aceitou, mas queriam US$ 10 mil de caução”, revelou o professor.
Ele disse que a atendente do hospital explicou que seriam gastos US$ 5 mil por dia com internação. Como eles não possuíam o montante, começou a busca por um hospital público.
“Pagamos a ambulância e, quando ela chegou, já com uma saturação de 30%, foi internada imediatamente”, contou Marcos.
Teste de Covid
Na quarta-feira (6), Eliene foi submetida ao teste de Covid-19, que deu positivo. Marcos revelou que somente uma das integrantes do grupo e seu filho fizeram o teste antes da viagem.
Para o professor, a situação vivida foi angustiante, principalmente por se tratar de outro País. Mas ele disse que tentou manter a calma diante da situação.
“É desesperador porque você não sabe como agir em um País que não se conhece. Mesmo assim é preciso manter a calma e tentar resolver o problema”, descreveu.
O grupo também acionou a Embaixada brasileira no México, que está dando suporte para a cuiabana e seu tratamento, de acordo com o professor.
Apesar do susto, os amigos foram informados nesta sexta-feira (8) de que ela está tendo melhora e em processo de saída do oxigênio. A expectativa é de na próxima semana Eliene já deve receber alta hospitalar.
“E ela terá que ficar uns 10 dias aqui para se recuperar”, completou.
Também nesta sexta, o grupo fez o teste para Covid-19 e o resultado deve ficar pronto no sábado (9). Parte dos cuiabanos está com retorno marcado para a segunda-feira (11).
“Seguimos todos os protocolos de higiene, mas nunca se sabe. A Eliene era extremamente cuidadosa e veja o que aconteceu”, finalizou o professor.