O Brasil registrou no ano passado 227 casos de coqueluche, uma doença altamente contagiosa, conhecida popularmente como “tosse comprida”. Ela é causada pela bactéria Bordetella pertussis.
Causa e transmissão
De acordo com o Manual MSD de Diagnóstico e Tratamento, a transmissão ocorre principalmente por meio de secreções respiratórias aerossolizadas que contêm a bactéria B. pertussis.
A infecção é altamente contagiosa e afeta cerca de 80% dos contatos próximos. Pacientes geralmente não são contagiosos após a terceira semana da fase paroxística, quando os sintomas se intensificam.
Sintomas e estágios
Conforme o Ministério da Saúde, a coqueluche passa por três estágios sintomáticos.
No início, os sintomas assemelham-se a um resfriado comum, incluindo nariz escorrendo, febre baixa e tosse leve.
O estágio seguinte, caracterizado por paroxismos de tosse intensa e descontrolada, pode durar de uma a seis semanas.
“Aqueles que têm esses ataques de tosse dizem que é a pior tosse de suas vidas”, descrevem os CDC (Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos).
A terceira fase da coqueluche (convalescente) marca a recuperação progressiva após a intensa fase paroxística.
Durante essa etapa, os ataques de tosse tornam-se menos frequentes, embora ela possa persistir devido à irritação residual das vias respiratórias.
Os pacientes começam a sentir melhora gradual, e o corpo se recupera da infecção.
À medida que a fase convalescente avança, a tosse desaparece completamente, e os pacientes retornam ao seu estado de saúde normal.
Os pacientes podem experimentar os sintomas, principalmente a tosse, por mais de seis semanas.
Diagnóstico e complicações
Segundo os CDC, diagnosticar a coqueluche pode ser desafiador em seus estágios iniciais, já que seus sintomas podem se assemelhar aos de um resfriado comum.
A confirmação é realizada por meio de exames laboratoriais como cultura de material nasofaríngeo e testes de PCR em tempo real.
Casos graves podem resultar em complicações como pneumonia, infecções de ouvido, convulsões e até mesmo lesões cerebrais.
Tratamento
O Manual MSD detalha que o tratamento da coqueluche envolve cuidados de suporte e o uso de antibióticos macrolídeos, como eritromicina ou azitromicina.
Em casos graves, a hospitalização com isolamento respiratório é recomendada, especialmente para lactentes gravemente enfermos.
Durante a fase paroxística, quando os ataques de tosse são mais intensos, medidas como sucção para remover o excesso de muco da garganta podem ser vitais.
Além disso, em lactentes, pode ser necessário oxigênio e procedimentos como traqueostomia ou entubação nasotraqueal.
Antibióticos administrados na fase catarral podem melhorar a doença, e o tratamento visa limitar a disseminação da infecção.
O período de isolamento é recomendado para pacientes em tratamento domiciliar, especialmente lactentes suscetíveis, por pelo menos quatro semanas após o início da doença e até que os sintomas desapareçam.
No entanto, após a fase paroxística estabilizar, os antibióticos geralmente não têm efeito clínico significativo.
Nos bebês diagnosticados com coqueluche, frequentemente é necessária a hospitalização, especialmente porque os sintomas podem ser mais graves nessa faixa etária, segundo o Ministério da Saúde.
Prevenção e vacinação
A pasta ainda destaca que a prevenção é crucial para o controle da coqueluche. A imunização por meio de vacinas é a abordagem mais eficaz.
A vacinação contra coqueluche é parte do calendário de vacinação infantil, sendo administrada em doses múltiplas nos primeiros anos de vida.
Os CDC reforçam que a imunização não apenas protege indivíduos, mas também ajuda a interromper a cadeia de transmissão da doença.
A coqueluche, apesar de ser uma enfermidade prevenível, continua a apresentar desafios devido a fatores como variações na imunidade e hesitação vacinal.
Compreender seus sintomas, transmissão e a importância da vacinação é fundamental para a saúde pública e a proteção individual.
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FONTE : R7.com