SAÚDE

Após repercussão da morte de Manoella, vereador pede afastamento de gestora da Saúde

Hiper Noticias

O relator da Comissão de Saúde da Câmara de Sinop (a 503 km de Cuiabá) que investiga a suspeita de negligência médica no caso da morte da menina Manoella Tecchio, de 3 anos, o vereador Hedvaldo Costa encaminhou um ofício ao prefeito do município, Roberto Dorner, nesta segunda-feira (13), pedindo o afastamento da secretária Municipal de Saúde, Daniela Galhardo.

O pedido foi formulado pela Comissão de Saúde da Câmara Municipal de Sinop e assinado pelos três integrantes, vereadores Hedvaldo Costa (REP) – relator, Luis Paulo (Pros) e Moisés do Jardim do Ouro (PL).

Durante a sessão ordinária na Câmara, o relator da comissão comentou que, mesmo abrindo a sindicância, a corda tende a arrebentar do lado mais fraco, referindo-se aos verdadeiros responsáveis que podem se livrar da punição.

“Um carro quando ele está desgovernado e o motorista comete o acidente, na semana seguinte, o carro continua desgovernado e o motorista comete mais um acidente, tem alguma coisa errada. Tem muita coisa errada. A UPA de Sinop tem alguma coisa grave que precisa ser resolvida, essa Casa não é gestora da UPA, mas é responsável pela fiscalização. Essa Casa precisa abrir fiscalização, não para caçar bruxas, mas para descobrir, identificar, apontar o problema e pedir a solução”, disse Hedvaldo na tribuna.

PROTESTO

O pai da Manu – como era carinhosamente chama pelos familiares -, o empresário Lucas Pootz, fez um protesto durante a sessão ordinária na Câmara Municipal de Sinop nesta segunda, pedindo justiça e o afastamento de todos os responsáveis pela morte da filha na UPA do município.

Manoella deu entrada na unidade pela segunda vez na madrugada do dia 8 de março, com sintoma de ‘tosse seca’ e morreu três horas depois. No dia anterior, os pais já tinham levado a menina, mas foram mandados embora para tratamento em casa com xarope. Os pais acusam a médica de negligência, já que não foi feito nenhum exame de raio-x do pulmão da criança.

Com um cartaz na mão escrito: “sou pai. Quero saber o que fizeram com a minha filha”, Lucas protestou durante a audiência na tarde de segunda. “Afastamento de todos os responsáveis pela morte da minha filha. Eu quero o afastamento de todos os responsáveis urgente”, disse, em alta voz.

A médica que atendeu a Manu no dia 7 de março foi afastado do cargo na UPA até que as investigações sobre o fato sejam concluídas.

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