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Anestesia peridural: como é aplicada, quando é indicada e quais os riscos?

Saúde

Por Redação Minuto SaudávelPublicado em: 11/01/2024Última atualização: 11/01/2024

Por Redação Minuto Saudável

Publicado em: 11/01/2024Última atualização: 11/01/2024

Uma mão com luva cirúrgica administrando anestesia.A técnica de anestesia peridural, também conhecida como anestesia epidural, representa um método seguro no controle da dor, sendo fundamentada na administração de substâncias por via epidural.

A técnica de anestesia peridural, também conhecida como anestesia epidural, representa um método seguro no controle da dor, sendo fundamentada na administração de substâncias por via epidural. 

A área epidural é limitada anteriormente pelos corpos vertebrais, discos intervertebrais e o ligamento longitudinal posterior. 

Essa região, acessada por meio de injeção ou via peridural, constitui uma forma de administração que envolve a introdução de substâncias no espaço situado entre a dura-máter e a parede do canal medular.

Comumente, são utilizados anestésicos locais em concentrações reduzidas e analgésicos da classe dos opióides para proporcionar alívio durante procedimentos médicos.

O sucesso desse procedimento depende do anestesiologista em depositar adequadamente a solução anestésica e de outros fatores, como a resposta individual do paciente, sua condição de saúde geral e possíveis interações medicamentosas.

Dentre os riscos associados, podem incluir-se complicações como reações alérgicas, hipotensão, cefaleia pós-punção e, embora raras, lesões nervosas.

Para entender mais sobre essa técnica anestésica, não deixe de acompanhar o texto! 

Índice — Neste artigo você verá:

  1. O que é a anestesia peridural?
  2. Como a anestesia peridural é aplicada?
  3. Quando a anestesia é indicada?
  4. Quais são as contraindicações?

O que é a anestesia peridural?

A anestesia peridural é uma modalidade de anestesia parcial que se destina a bloquear a sensação de dor em uma região específica do corpo. Este procedimento envolve a administração de um medicamento anestésico no espaço localizado entre as vértebras da coluna, visando atingir os nervos na medula

Em alguns casos, é possível introduzir um cateter para a administração contínua de medicamentos, permitindo que a anestesia seja reaplicada conforme necessário durante o procedimento.

Um dos seus diferenciais é sua capacidade de ser mantida no pós-operatório por meio de um cateter de peridural, contribuindo para o controle da dor após a intervenção cirúrgica. 

Notavelmente, essa técnica permite que o paciente permaneça acordado, preservando o nível de consciência, tornando-a a escolha padrão para analgesia durante o trabalho de parto normal.

Além de sua aplicação em procedimentos obstétricos, a anestesia peridural é frequentemente combinada com a anestesia geral em cirurgias extensas envolvendo a região do tronco e membros inferiores. 

A eficácia dessa forma de anestesia está intimamente ligada aos efeitos fisiológicos resultantes do bloqueio, os quais variam de acordo com o nível alcançado pela injeção e a quantidade de agente anestésico administrado. 

O cuidadoso gerenciamento desses parâmetros é fundamental para garantir uma anestesia peridural segura e eficaz.

Qual é a diferença entre raquidiana e peridural?

A diferença principal é na profundidade de atuação entre as duas técnicas, que influencia diretamente a quantidade de medicamento necessário para alcançar o efeito desejado. 

Na anestesia raquidiana, o paciente é submetido a uma única administração de fármacos. Uma característica da técnica é a utilização de uma quantidade significativamente menor de anestésico em comparação com a peridural. 

Em contraste, a anestesia peridural, embora ofereça a vantagem da administração contínua por meio de um cateter, demanda uma quantidade maior de anestésicos devido à sua localização mais superficial no espaço epidural.

Como a anestesia peridural é aplicada?

A administração desse tipo de anestesia envolve uma abordagem específica que leva em consideração a localização do espaço epidural e a minimização de riscos associados. 

Podendo ser realizado a nível lombar ou torácico e é frequentemente aplicada em níveis lombares específicos, como L4 e L5.

Durante a administração, o paciente assume posições específicas, como a posição sentada ou em decúbito lateral. Com o intuito de facilitar a flexão e estabilização da coluna na área onde será realizada a punção, aumentando a distância no espaço intervertebral e permitindo um acesso mais eficiente com a agulha.

A agulha utilizada na anestesia epidural é geralmente mais grossa, sendo o tipo Tuohy, nos tamanhos 16G e 18G, uma escolha comum. 

A técnica de inserção frequentemente empregada é a manobra de Dogliotti, que envolve a inserção da agulha entre os processos espinhosos das vértebras até que o médico encontre resistência. 

Essa resistência indica que a agulha atingiu o nível do ligamento amarelo, e para atingir o espaço epidural, essa resistência precisa ser superada.

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Quando a anestesia é indicada?

Médicos cirurgiões se preparando para uma cirurgia.
A anestesia peridural é usada principalmente em procedimentos cirúrgicos obstétricos, ajudando principalmente no controle da dor. Abaixo estão algumas indicações específicas e procedimentos nos quais a anestesia é frequentemente aplicada:
  • Cesariana: é comumente utilizada para proporcionar alívio da dor durante a cirurgia, minimizando as necessidades de anestésicos intravenosos;
  • Parto normal: em casos de trabalho de parto prolongado ou intensa dor durante o parto normal, a anestesia é administrada para aliviar a dor, proporcionando conforto à parturiente;
  • Cirurgias ginecológicas: em casos de histerectomia ou cirurgias no assoalho pélvico, frequentemente recorrem à anestesia peridural para gerenciar a dor;
  • Hérnias: procedimentos de reparo de hérnias abdominais ou inguinais podem se beneficiar para controlar eficazmente a dor pós-operatória;
  • Cirurgias na mama e no estômago: geralmente para garantir conforto e controle da dor;
  • Cirurgias ortopédicas: como cirurgias de quadril, joelho ou fraturas pélvicas, podem ser conduzidos com o suporte da anestesia peridural;
  • Procedimentos urológicos: como remoção da próstata ou de pedras nos rins, podem contar com a anestesia peridural para proporcionar analgesia adequada;
  • Cirurgias vasculares: incluindo amputações ou revascularização de vasos sanguíneos nas pernas, podem ser realizadas com o suporte da anestesia peridural.

Quais são as contraindicações?

A anestesia peridural geralmente é segura, porém demanda atenção às contraindicações específicas e aos riscos associados a esse procedimento. 

Entre as contraindicações, destaca-se a infecção no local de punção, onde a introdução de anestésicos poderia agravar quadros infecciosos. A elevação da pressão intracraniana também representa uma contraindicação devido ao risco de complicações no sistema nervoso central. 

Além disso, patologias neurológicas em progressão, cuja origem é indeterminada, e distúrbios de coagulação são contraindicações significativas, aumentando o risco de complicações durante o procedimento. 

O uso de medicamentos que alteram a coagulação, como anticoagulantes, também é motivo de contraindicação.

Embora raros, existem alguns riscos associados à anestesia peridural. Em casos excepcionais, a administração pode desencadear calafrios e febre temporários, geralmente transitórios. Infecções no local da punção, embora raras, requerem monitoramento pós-procedimento. 

O sangramento epidural é uma complicação pouco frequente, mais propensa em pacientes com distúrbios de coagulação. Danos nos nervos são extremamente raros, associados principalmente à técnica inadequada ou a condições anatômicas específicas. 

A perfuração acidental da dura máter durante a inserção da agulha é uma complicação rara que, quando ocorre, pode levar a dores de cabeça persistentes, conhecidas como cefaleia pós-punção.

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A anestesia peridural é uma abordagem frequentemente utilizada para induzir anestesia na região da cintura para baixo, sendo comumente utilizada em procedimentos que visam proporcionar alívio eficaz da dor. 

Este método é particularmente empregado em procedimentos menos complexos, como parto normal, cirurgias ginecológicas e intervenções estéticas, onde o objetivo é minimizar o desconforto do paciente.

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FONTE : R7.com

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