O youtuber comunista Ian Neves, com mais de 260 mil inscritos em seu canal, disse que indivíduos não alinhados às ideias de esquerda “não têm o direito de se expressar”. Ele fez a declaração durante uma live, publicada na quarta-feira 26.
“Tem história que não tem dois lados”, afirmou Neves, ao comentar o vídeo em que Marco Antônio Heredia, ex-marido de Maria da Penha, afirma à produtora Brasil Paralelo que foi vítima de injustiça.
publicidade
Neves explicou que a diferença entre a “esquerda liberal” e a “esquerda radical” é que os segundos não admitem opiniões diferentes do consenso comunista.
“Essa coisa de querer ser ‘dois ladistas’ é o que diferencia nós comunistas, por exemplo, dos liberais”, disse o youtuber. “Alguns liberais de esquerda defendem que [sic] devemos deixar todos exporem suas versões. Nós, da esquerda radical, acreditamos que há pessoas que não têm o direito de se expressar.”
Neves cita como exemplo o ex-presidente Jair Bolsonaro, que não teria o direito de explicar como seu governo geriu a pandemia de covid-19. “Não, não tem de dar versão”, afirmou. “Ele não tem de achar nada. Tem gente que não tem o direito de se expressar.”
Youtuber comunista é seguidor de Elias Jabbour, que defendeu pena de morte a conservadores
Não é a primeira vez que produtores de conteúdo de esquerda defendem o silenciamento de liberais e conservadores.
No mês passado, o professor de economia Elias Jabbour, que se afastou da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj) para assessorar Dilma Rousseff na presidência do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), defendeu a pena de morte para quem discorda do socialismo.
Neves é seguidor declarado de Jabbour e produziu vídeos para elogiar a postura do atual assessor de Dilma nos Brics.
Durante entrevista ao podcast Inteligência Ltda, do humorista Rogério Vilela, o professor afirmou que a pena de morte deve ser aplicada àqueles que estiverem “a serviço de potências estrangeiras”.
Jabbour diz que Estados revolucionários não devem permitir “subversão ao sistema”, porque podem ver a experiência socialista “ir para o buraco”.
O leitor pode acompanhar a histórica completa ao clicar neste link.