Adilson Rosa | Seduc MT
Professores do cadastro de reserva de Rondonópolis, nomeados pelo Governo do Estado em dezembro de 2020, foram lotados em escolas conforme aulas livres disponíveis. Foram nomeados, em todo o Estado, 342 professores da Educação Básica classificados no cadastro de reserva do concurso público regido pelo edital 01/2017. Em Rondonópolis são 23.
No dia 4 de janeiro, os profissionais da Educação se apresentaram nas respectivas Assessorias Pedagógicas aguardando a atribuição de aulas (turmas da disciplina de concurso para as quais vão lecionar em 2021).
“Os novos efetivos já foram lotados, encaminhados às escolas. Muitos já têm experiência e estão todos contentes, pois puderam fazer escolhas de aulas livres”, destaca a Assessora Pedagógica de Rondonópolis, Isabel Paulina.
A expectativa dos novos nomeados em relação aos trabalhos em sala de aula é grande. O professor de biologia Gustavo Henrique Lima da Silva, lotado na Escola Estadual Plena Pindorama, acredita que o maior desafio é trabalhar numa escola em tempo integral, uma vez que é um modelo que exige grande dedicação do professor.
Novas tecnologias
Natural de Goiás, onde trabalhou dois ano e meio na rede pública, Gustavo acredita que terá muito trabalho pela frente, com dedicação à pesquisa e à produção científica. Ele afirma que não vai encontrar dificuldades no ensino não presencial, já que domina as novas tecnologias.
“Fiquei o ano passado inteiro em regime de aulas não presenciais. Criei um canal no You Tube para tentar me aproximar mais dos alunos e para servir como reposição de algumas aulas que eu gravei”, assinala.
O professor admite que o ensino híbrido, será algo totalmente novo, e com isso, mais um desafio.
Para a professora de história Larissa Klosowski de Paula, lotada na EE Silvestre Jardim, a expectativa é de um ano de muito aprendizado e muito trabalho, pois acredita na continuidade das medidas de distanciamento social. No entanto, afirma que não se surpreenderá com o sistema híbrido até o final do ano. “O desafio maior estará na adaptação a essa forma de trabalho e aos reflexos que advêm disso”, explica.
Nascida no Paraná, Larissa trabalhou em 2020 com aulas online com estudantes universitários, mas por ser um público diferente, a professora de história ainda terá um trabalho de adaptação. Ela acredita que a construção do conhecimento em sala de aula, a mediação da aprendizagem parece ser mais produtiva. Com isso, é possível identificar com maior precisão as carências de orientação dos alunos e atuar com mais proximidade no sentido do entendimento do aluno em relação as suas lógicas de aprendizagem.
“Justamente por isso seremos desafiados a rearticular nossas metodologias. Mas dessa vez estamos mais preparados, primeiro por termos passado pela experiência do ano passado e depois por termos mais tempo para realização dos planejamentos e tomada de decisões em equipe”, salienta.