POLÍTICA

Ruralista nega financiar ato e ironiza Maggi

PABLO RODRIGO

Gazeta Digital

O presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja Brasil), Antônio Galvan, negou que seja o financiador das manifestações marcadas para o dia 7 de setembro que tem o objetivo de pressionar o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Senado. Ele também criticou as declarações do ex-ministro Blairo Maggi (PP) sobre a participação da entidade nos atos pró-Bolsonaro.

Durante o depoimento que deu na Polícia Federal na quarta-feira (25), Galvan afirmou que o processo de financiamento se dá de maneira voluntária. Porém, ele nunca contribuiu com dinheiro próprio. “Nunca contribui de maneira nenhuma. Por mais que sou produtor rural e possa contribuir com R$ 5 mil do meu próprio bolso, como muitos contribuíram. Não contribui com isso. Minhas contas estão abertas para Justiça”, disse o presidente da Aprosoja Brasil durante coletiva nesta quinta-feira (26).

Antônio Galvan também classificou como ‘absurdo’ as declarações de Blairo Maggi na semana passada sobre a presença da Aprosoja Brasil dentro da organização das manifestação de 7 de setembro.  “Ele é mais um associado dentro da entidade. Pode ser um mega-produtor, mas é apenas um voto dentro dos 7.500 votos na Aprosoja Mato Grosso. Não sei por qual motivo gerou essa polêmica, ficou mais de 17 minutos no telefone comigo para depois ir aos sites fazer essas declarações. Não sei qual motivação. Achei um absurdo”, disse.

Galvan ainda afirmou que tem apoio da maioria das Aprosojas dos estados brasileiros para continuar com o movimento de 7 de setembro.   Apesar de estar proibido de se aproximar da praça dos 3 Poderes em Brasília, Galvan diz que tentará derrubar a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) através de uma cautelar.

Antônio Galvan foi alvo de busca e apreensão na última sexta-feira (2). Galvan seria o principal financiador do movimento que pretende ocupar Brasília no dia 7 de setembro. A informação consta em um vídeo do cantor Sérgio Reis, onde ele diz ter feito um contato com “o agronegócio”, que irá “apoiar sua causa”, que pretende “levantar empresários” para “custear a viagem” de populares até a capital federal e que tem a pretensão de “salvar o país dessa carniça podre chamada ministros podres do STF”.

“As imagens mostram Sérgio Reis discursando, no dia 13/8/2021, ao lado de Marcos Antônio Pereira Gomes (Zé Trovão), Eduardo Araújo e Antônio Galvan, presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Soja, para aproximadamente 23 (vinte e três) empresários do agronegócio na sede da entidade, em Brasília/DF”, diz trecho da decisão.

A PGR ainda afirma que “o artista, visando afrontar e intimar os poderes constituídos, noticia, conjuntamente com Zé Trovão e Eduardo Araújo, que seu grupo pretende para o país por 72 horas e que se o presidente do Senado Federal ‘não fizer nada’, nas outras 72 horas ‘ninguém anda[rá] no país”.

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