O deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), alvo da Operação Vigilância Aproximada, nesta quinta-feira, 24, não prestará depoimento à Polícia Federal (PF) até que esteja completamente “inteirado dos autos”. Ele é pré-candidato à Prefeitura do Rio de Janeiro nas eleições deste ano.
Conforme apurado por Oeste, o parlamentar tinha o depoimento marcado para esta quinta-feira, mas afirmou que só se pronunciará e prestará depoimento depois de obter mais informações da investigação.
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Ramagem foi alvo de uma operação da PF pela manhã, relacionada a um suposto monitoramento ilegal conduzido pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante o governo de Jair Bolsonaro. Segundo as investigações, o deputado teria autorizado os monitoramentos sem justificativa técnica adequada.
Ex-delegado da PF, Ramagem foi nomeado pelo então presidente Jair Bolsonaro para chefiar a corporação, mas teve sua posse impedida por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Entre 2019 e 2022, ocupou o cargo de diretor-geral da Abin. Durante esse período, um suposto programa secreto chamado “First Mile” teria sido utilizado para monitorar a localização de políticos, jornalistas, advogados e opositores de Bolsonaro.
Polícia Federal esteve no gabinete de Ramagem
A PF realizou uma busca e apreensão no gabinete do deputado federal Alexandre Ramagem na Câmara dos Deputados. Os agentes também estiveram no apartamento funcional e em endereços relacionados a Ramagem. Conforme apurou Oeste, o parlamentar ficou sabendo sobre a operação por meio da imprensa.
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noticia por : R7.com