POLÍTICA

PF pediu o afastamento de Ramagem do cargo

A Polícia Federal (PF) pediu o afastamento de Alexandre Ramagem (PL-RJ) do cargo de deputado federal, mas o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), não viu necessidade ao autorizar a ação contra o parlamentar, nesta quinta-feira, 25.

Alexandre Ramagem
O deputado federal Alexandre Ramagem, durante um pronunciamento na tribuna | Foto: Reprodução/Wikipedia

Moraes seguiu o entendimento do procurador-geral da República (PGR), Paulo Gonet. “Se os fatos atribuídos ao deputado Ramagem são de seriedade evidente, não se avultam, neste momento, acontecimentos graves e contemporâneos que ponham em risco as investigações respectivas, justificadores da providência de afastamento das funções parlamentares”, observou o PGR. “Isso leva o Ministério Público a opinar em sentido contrário à adoção da providência aventada.”

Operação da PF que mirou Ramagem

Conforme investigação da PF, durante o governo Bolsonaro, houve um “esquema clandestino” de espionagem na Abin, do qual Ramagem participou. O congressista vai prestar depoimento.

A PF cumpriu 21 mandados de busca e apreensão autorizados por Moraes: 18 em Brasília (DF), um em Juiz de Fora (MG), um em São João del Rei (MG) e um no Rio de Janeiro.

O gabinete e o imóvel funcional de Ramagem foram alvos de busca e apreensão.

Ação ocorre um dia depois de encontro de senadores com Barroso

Às 17 horas de ontem, o líder da oposição no Senado, Rogério Marinho (PL-RN), esteve com outros parlamentares para visitar o presidente do STF, Luís Roberto Barroso.

“Falamos da nossa preocupação com o padrão que se estabeleceu no STF, de se abrir inquéritos de ofício”, disse o parlamentar, em conversa com jornalistas. “O que era excepcional em 2019, se tornou algo corriqueiro.”

Valdemar cobra Pacheco

O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, chamou de “perseguição” a operação da PF contra Ramagem, na manhã de hoje.

Neto cobrou ainda uma reação do Parlamento. “Esse negócio de ficar entrando nos gabinetes é uma falta de autoridade do Congresso Nacional”, escreveu, no Twitter/X. “Rodrigo Pacheco deveria reagir e tomar providências.”

Leia também: “A KGB do governo”, reportagem publicada na Edição 175 da Revista Oeste

noticia por : R7.com

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