O Ministério Público Federal (MPF) solicitou à Justiça que o ex-deputado federal Roberto Jefferson (PTB-RJ) vá a juri popular por quatro tentativas de homicídio com dolo eventual contra quatro agentes da Polícia Federal (PF).
Os procuradores pediram ainda que Jefferson seja julgado pelo Tribunal do Júri pelos crimes de resistência armada, posse irregular de arma de fogo de uso permitido, porte ilegal de arma de fogo de uso restrito, porte de artefatos explosivos sem autorização e adulterados e dano qualificado.
“A letalidade (granadas adulteradas e carabina), a desproporcionalidade do armamento bélico utilizado pelo acusado (os policiais portavam pistolas e estavam sem coletes), a quantidade de munições e de tiros desferidos (sessenta), o conhecimento e a expertise do acusado com a utilização desse tipo de armamento, demonstram que o acusado assumiu o risco de produção do resultado morte dos policiais federais”, informa um trecho do documento do MPF.
Jefferson está preso desde outubro de 2022, quando atirou cerca de 50 vezes e arremessou granadas contra quatro policiais. Os agentes estavam cumprindo um mandado de prisão, por ordem do ministro de Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.
Na semana passada, o MPF alterou a denúncia contra Roberto Jefferson e entendeu que ele deve responder por tentativa de homicídio com dolo eventual, por assumir o risco de matar os agentes.
Roberto Jefferson em hospital penitenciário
Em junho, Moraes autorizou que o ex-deputado permaneça internado no Hospital Samaritano, no Rio de Janeiro, para tratar a saúde. A Secretaria de Administração Penitenciária do Rio informou ao ministro que não possui os “meios” necessários para tratar o político adequadamente.
Uma equipe médica visitou Jefferson a mando de Moraes e comprovou que a estabilidade dele é “extremamente frágil”, que “mantém um quadro depressivo” e que possui “incapacidade de se nutrir”.
noticia por : R7.com