O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendeu neste sábado (26) a decisão do Brics — formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul — de ampliar a quantidade de membros do grupo a partir de 2024. Além disso, ele negou que tenha “preferência ideológica” na relação com outros líderes mundiais.
“O Brics foi extraordinário. E mais extraordinária é a quantidade de países que querem entrar. Mas é preciso estabelecer critérios porque também não é para encher de países. É para ir colocando de forma criteriosa as pessoas que querem participar. E nós queremos [novos membros]. Quanto mais gente, melhor”, afirmou Lula em entrevista a jornalistas em Luanda, a capital de Angola.
Argentina, Arábia Saudita, Egito, Etiópia, Emirados Árabes e Irã foram as nações convidadas pela atual cúpula do Brics para compor o grupo a partir do ano que vem. A inclusão da Argentina foi uma das que mais causaram polêmica, em especial pela proximidade de Lula com o presidente Alberto Fernández e pelo processo eleitoral em curso no país vizinho. Em outubro deste ano, a população argentina vai escolher um novo presidente, e Javier Milei e Patricia Bullrich, dois dos principais candidatos, se opõem ao ingresso do país no Brics.
Apesar disso, Lula negou que eventuais afinidades ideológicas tenham influenciado a decisão de chamar a Argentina a fazer parte do Brics. “A gente não tem preferência ideológica na relação internacional. Uma coisa é eu ser amigo de beltrano e sicrano. Outra coisa é que, como chefe de Estado, eu tenho que me relacionar com o chefe de Estado do outro país”, comentou o presidente.
noticia por : R7.com