POLÍTICA

Lúdio Cabral identifica tendência de queda na curva da pandemia em Mato Grosso

Da Redação – Assembleia Legislativa – Laise Lucatelli

O deputado estadual e médico sanitarista Lúdio Cabral (PT) identificou que Mato Grosso está próximo da estabilidade da curva epidêmica da Covid-19, e deve começar em breve a descida da curva. Ao analisar os dados da última semana epidemiológica, entre 9 e 15 de agosto, Lúdio observou que a taxa de contágio está pouco acima de 1, índice que representa a estabilidade na curva da epidemia.

“Quando chegarmos a uma taxa de contágio de 1, significa que cada pessoa infectada transmite a doença para mais uma pessoa. Atualmente, considerando a média móvel de 14 dias, a taxa de contágio é de 1,1 em Mato Grosso, então estamos muito próximos de alcançar essa estabilidade. A descida da curva epidêmica começa quando esse índice cai para abaixo de 1. É provável que essa descida aconteça nos próximos dias, mas ainda não sabemos qual será a velocidade da queda”, explicou Lúdio.

Apesar de os números da pandemia ainda estarem altos no estado, Lúdio observou redução na quantidade de mortes e de procura por leitos nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI). Até o sábado (15), Mato Grosso havia registrado 72,7 mil casos de Covid-19, com uma média de 1,4 mil novos casos da doença por dia, considerando a média móvel dos últimos 14 dias.

“Houve redução no número de óbitos notificados. Saímos de uma média de 40 óbitos por dia ao longo de um mês para 35 no final da última semana. A necessidade de leitos de UTI ainda é alta, mas não há mais a longa fila de espera de antes. Há muitas semanas eu estava esperando por números que nos trouxessem um cenário de estabilidade e, finalmente, é provável que tenhamos chegado a esse estágio da pandemia”, disse.

Lúdio destacou, porém, que há risco de a descida se tornar mais lenta ou até mesmo de os números da epidemia voltarem a crescer se houver retorno precipitado de atividades como as aulas presenciais. O retorno à jornada de 8 horas diárias dos servidores públicos também pode ser um fator de risco, pois há aglomeração em ambientes com pouca ou nenhuma ventilação natural.

“A circulação da população não é homogênea. Temos círculos de convivência, bolhas que não se tocam, algumas com alta taxa de contágio e outras com baixas taxas de contágio. Se essas bolhas se encontram e estouram, podem causar novamente a subida da curva da epidemia. Ainda não é o momento de retomar as aulas presenciais, porque as escolas promovem encontro de diversas bolhas de convivência”, observou Lúdio.

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