Gazeta Digital
Pablo Rodrigo
O juiz da 10ª Vara Especializada de Justiça Militar, Marcos Faleiros, encaminhou ao Ministério Público de Mato Grosso (MPE) um pedido de apuração de possíveis infrações militares e atos de improbidade, cometidos pelo Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer) por conta do sobrevôo de um helicóptero no Colégio Notre Dame, em Cuiabá, um dia após uma professora ter sido afastada por criticar o presidente Jair Bolsonaro durante uma aula.
O apurou que Faleiros já havia feito um comunicado na semana passada ao comandante-Geral da Polícia Militar, coronel Jonildo José da Assis, para que informar aos militares de Mato Grosso que, durante os atos de 7 de setembro em favor do presidente Jair Bolsonaro, “qualquer quebra da hierarquia ou comportamento subversivo às instituições democráticas, haverá consequências graves e imediatas”.
A Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp) disse que o atividade do Ciopaer, na manhã desta quinta-feira (2), faz parte das atividades da Semana da Pátria, realizada anualmente no colégio, a pedido da própria instituição.
Veja nota
“Na manhã desta quinta-feira (02.09), como parte das atividades da Semana da Pátria realizada pelo Colégio Notre Dame anualmente, o Ciopaer realizou um sobrevoo no local, a pedido da própria instituição educacional, conforme ofício em anexo;
-Na ocasião, a bandeira do Brasil foi mostrada aos alunos sem nenhuma conotação política, mas no intuito de demonstrar o patriotismo nesta que é uma data importante para o país;
-Vale destacar que o Ciopaer realiza diversas atividades sociais e educacionais, visitando entidades sociais, escolas tanto públicas quanto particulares, com o objetivo de aproximar as forças de segurança e a população;
-Além do sobrevoo, membros do Ciopaer também estiveram no colégio nesta quarta-feira (01.09), proferindo palestra e orientações aos alunos sobre o tema “segurança pública”, sendo um convite feito pela própria instituição.
Por fim, a Sesp-MT destaca que não coaduna com posicionamentos políticos no âmbito do serviço público e que qualquer excesso cometido pelos servidores da Pasta neste sentido será motivo de medidas administrativas”.