Conforme já previsto, a disputa eleitoral para os cargos majoritários de governador e de senador deve contar com poucos postulantes este ano.
Isso se deve em parte à falta de novas e fortes lideranças políticas no estado, mas também ao favoritismo e à capacidade do atual governador Mauro Mendes (União Brasil) de neutralizar possíveis concorrentes de peso.
Confirmado como candidato à reeleição, Mauro Mendes vai para a disputa com o mesmo vice, Otaviano Pivetta (Republicanos), tendo como candidato a senador o rondonopolitano Wellington Fagundes (PL), que foi seu principal concorrente na eleição anterior e chegou a fazer oposição no início do governo de Mendes, mas acabou se aproximando e hoje os dois são aliados.
Apesar dessa aproximação ter afastado outros aliados, como o também senador Carlos Fávaro (PSD) e outros, no final se mostrou uma jogada de mestre do governador, pois neutraliza um dos seus possíveis concorrentes de peso, facilitando o seu trabalho pela reeleição.
A principal adversária do atual governador será a primeira-dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro (PV), que ainda não tinha definido seu vice até o fechamento dessa edição. O candidato a senador de sua chapa será o deputado federal Neri Geller (Progressistas), que também ainda debate a formação das suas suplências.
A Federação formada pelo PSOL e Rede lançou o nome de Moisés Franz ao governo, mas essa deverá ser uma campanha de menor expressão, pois se trata de uma candidatura que já foi testada nas urnas na eleição anterior e não conseguiu empolgar o eleitorado. A sua chapa terá como candidato ao Senado José Roberto Freitas.
O Solidariedade é outro partido que decidiu lançar candidatura própria e o nome será o do advogado Antônio Eduardo da Costa e Silva, mas o partido não lançou nome ao Senado.
Apostando no voto do eleitor evangélico e conservador, o pastor Marcos Ritela é o nome do PTB para governador, que terá o presidente afastado da Aprosoja, Antônio Galvan, como candidato ao Senado. Outro candidato ao Senado, é Kassio Coelho, evangélico do Patriotas.
DESISTÊNCIA DE NATASHA
Pressionada pela direção nacional de seu partido e até por aliados próximos a renunciar à sua candidatura em favor do deputado federal Neri Geller, a médica e empresária Natasha Slhessarenko (PSB) recuou de sua candidatura ao Senado, e decidiu não disputar nenhum cargo este ano.
Ela tentou a formação do chamado palanque aberto com Mauro Mendes, que acabou fechando questão com o nome de Wellington Fagundes e a estreante na política chegou a ser convidada para compor uma das suplências de Geller, mas não demonstrou interesse e anunciou sua retirada do páreo.
A Tribuna
