O presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), André do Prado (PL), aceitou o requerimento de deputados e determinou o fechamento da galeria do plenário durante as sessões, a partir desta quinta-feira, 7. Ele revelou a Oeste que o local permanecerá fechado para avaliação técnica de danos e possíveis reparos.
Deputados estaduais haviam solicitaram, por meio de um requerimento, o fechamento das sessões da Alesp ao público por duas semanas — as últimas antes do recesso de fim de ano.
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A medida ocorreu depois que militantes de esquerda interromperam, nesta quarta-feira, 6, a votação do projeto que autoriza a privatização da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). Durante a sessão, os manifestantes vandalizam a galeria da Casa — local onde a população pode assistir às sessões — e tentaram invadir o plenário, onde os deputados ficam.
A votação foi retomada depois de a polícia retirar os militantes. O projeto foi aprovado com ampla vantagem: 62 votos favoráveis e apenas 1 contra.
O requerimento é de autoria do deputado Danilo Balas (PL) e contou com a assinatura de 31 dos 94 parlamentares da Casa. O texto foi encaminhado ao presidente da Alesp, André do Prado (PL), que aprovou o pedido.
O texto diz que é “imprescindível” interromper a presença do público para garantir a segurança para os trabalhos legislativos, visto que há votações importantes para serem realizadas ainda neste ano, como a reforma legislativa e o orçamento anual.
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Os deputados fundamentaram a solicitação nos atos de vandalismo ocorridos nesta quarta-feira. De acordo com os políticos, os militantes de esquerda promoveram “atos antidemocráticos, vandalismo e quebra-quebra, colocando em risco a segurança dos parlamentares, dos policiais civis e militares, da população que visita a Alesp, bem como a continuidade da atividade legislativa”.
Plateia feriu o regimento interno da Alesp
Os parlamentares se embasaram no artigo 280 do regimento interno da Alesp, que prevê a presença do público, embora “não lhes sendo lícito aplaudir ou reprovar o que se passar no plenário”.
Durante a sessão desta quarta-feira, os manifestantes impediram a palavra dos parlamentares favoráveis à privatização da Sabesp. O presidente da Casa precisou pedir que deputados da oposição acalmassem os ânimos do público, para que pudessem seguir a sessão.
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Poucos instantes antes da votação, os militantes começaram a vandalizar a galeria, empurrando o vidro que separa o local do plenário. Imagens mostram dezenas de militantes tentando invadir o espaço dos deputados.
Amparado no regimento interno, o presidente da Alesp pediu a atuação da Polícia Militar (PM) para a retirada dos manifestantes.
O texto diz que, “pela infração do disposto neste artigo [280], poderá o presidente fazer evacuar o local destinado ao público ou retirar determinada pessoa do edifício da Assembleia, inclusive empregando força, se for necessário”.
Confira abaixo a lista de deputados que assinaram o requerimento:
- Alex Madureira;
- Altair Moraes;
- Analice Fernandes;
- Barros Munhoz;
- Bruno Zambelli;
- Capitão Telhada
- Carlos Cezar;
- Danilo Balas;
- Delegado Olim;
- Dr. Elton;
- Edna Macedo;
- Fabiana Barroso;
- Gerson Pessoa;
- Gil Diniz;
- Gilmaci Santos;
- Guto Zacarias;
- Itamar Borges;
- Jorge Caruso;
- Leonardo Siqueira;
- Léo Oliveira;
- Letícia Aguiar;
- Lucas Bove;
- Major Macca;
- Milton Leite Filho;
- Paulo Correa Jr.;
- Rafael Saraiva;
- Rogério Santos;
- Thiago Auricchio;
- Tomé Abduch;
- Valéria Bolsonaro; e
- Vitão do Cachorrão.
Plenário permanecerá fechado para avaliação técnica
A Oeste, a assessoria de imprensa da Alesp comunicou, por meio de nota, que as sessões serão fechadas ao público a partir desta quinta-feira, para que a galeria do plenário “passe por avaliação técnica de danos e necessidade de possíveis reparos”.
“Importante frisar que, assim como já ocorre, todas as sessões serão transmitidas ao vivo pela TV Alesp e pelo youtube oficial da Casa”, acrescentou a Assembleia de São Paulo.
noticia por : R7.com
