POLÍTICA

Comissão da Câmara aprova projeto que proíbe união civil entre pessoas do mesmo sexo

A Comissão de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família da Câmara dos Deputados aprovou, nesta terça-feira, 10, por 12 votos favoráveis e 5 contrários, um projeto de lei (PL) que busca proibir a união civil entre pessoas do mesmo sexo no Brasil.

A votação ocorreu depois da quebra de um acordo entre os parlamentares. Na sessão anterior, havia um entendimento no colegiado para a formação de um grupo de trabalho destinado a debater o tema, o que não foi concretizado.

+ CPI revela que ONGs atuam na elaboração de Censo que mostrou aumento de indígenas

Depois várias sessões, o relator, deputado Pastor Eurico (PL-PE), apresentou o parecer final, mantendo a decisão de proibir a união civil entre pessoas do mesmo sexo.

Com a aprovação, o PL segue para a Comissão de Direitos Humanos e, posteriormente, para a análise na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania da Casa. 

O parecer do relator sobre o casamento homoafetivo

Relator do PL Dep. Pastor Eurico (PL-PE) | Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados

Originalmente apresentado pelo ex-deputado Clodovil Hernandes, o PL 580/2007 pretendia alterar o Código Civil. O objetivo era reconhecer a união homossexual, visando a integrá-los no ordenamento jurídico e “eliminar preconceitos”. À época, não existia nenhuma garantia que reconhecesse a união entre pessoas do mesmo sexo.

No entanto, Eurico propôs que as relações entre pessoas do mesmo sexo não possam ser equiparadas ao casamento.

+ Mais de 2,3mil brasileiros podem para deixar Israel

No documento, o pastor informa que a Constituição Federal reconhece a união estável apenas entre homem e mulher.

“A Carta Magna Brasileira estabelece, em seu art. 226, que a família, base da sociedade, com especial proteção do Estado, reconhece a união estável como entidade familiar apenas entre homem e mulher”, escreveu Eurico. “Nesse diapasão, qualquer lei ou norma que preveja união estável ou casamento homoafetivo representa afronta direta à literalidade do texto constitucional.”

A decisão do STF sobre a união civil entre homossexuais

Em 2011, o Supremo Tribunal Federal (STF) reconheceu a união estável entre pessoas do mesmo sexo como entidade familiar. Em 2013, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) aprovou a Resolução n.º 175/2013. Esta última deu efetividade à decisão do STF e impediu que cartórios de todo o país se recusassem a converter uniões estáveis entre pessoas do mesmo sexo em casamentos.

Leia também: “Primeiro avião da FAB com repatriados decola de Israel para Brasília”

noticia por : R7.com

Facebook
WhatsApp
Email
Print
Visitas: 182 Hoje: 2 Total: 7159031

COMENTÁRIOS

Todos os comentários são de responsabilidade dos seus autores e não representam a opinião deste site.