POLÍTICA

Autistas Tem um Grande Representante na Assembléia Legislativa de Mato Grosso

A lei 10.997/2019, de autoria do deputado Estadual Engº Sebastião Rezende, institui a Carteira de Identificação do Autista (CIA), destinada à identificação da pessoa diagnosticada com Transtorno do Espectro Autista em Mato Grosso, sendo sancionada em novembro deste ano pelo governador Mauro Mendes. Conforme o parlamentar, as Carteiras de Identificação do Autista serão feitas nos Centros de Referência de Assistência Social (CRAS) dos 141 municípios do Estado, necessitando de um laudo médico atestando que a pessoa é autista.

Na ultima Sexta Feira, 13, O deputado estadual Sebastião Rezende esteve em audiência nesta sexta-feira, com a primeira-dama do Estado, Virgínia Mendes, e a secretária de Trabalho e Assistência Social (Setas), Rosamaria Carvalho, para discutir ações para que o Estado possa fazer cumprir a lei 10.997/2019, que cria a Carteira de Identificação do Autista em Mato Grosso. A audiência também contou com a psicóloga Érica Rezende Barbieri e Célio Luciano Barbieri, do projeto Autismo na Escola, e de representantes da Associação dos Amigos dos Autistas (AMA).

Com o apoio da Primeira-Dama, ficou definido que, em Janeiro de 2020 haverá mais reuniões para definir os procedimentos na rede estadual para emissão dos laudos médicos para emissão das Carteiras de Identificação do Autista.

Nas Redes Sociais, muitas pessoas tem parabenizado o Deputado Estadual Sebastião Rezende pela importante luta pelos autistas, Mato Grosso Larga na frente na politica publica dessa classe.

Confira mais sobre o Autismo;

O que é Autismo ? 

O autismo — nome técnico oficial: Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) — é uma condição de saúde caracterizada por déficit em três importantes áreas do desenvolvimento: comunicação, socialização e comportamento. Não há só um tipo de autismo, mas muitos subtipos, que se manifestam de uma maneira única em cada pessoa. Tão abrangente que se usa o termo “espectro”, pelos vários níveis de comprometimento — há desde pessoas com outras doenças e condições associadas (comorbidades), como deficiência intelectual e epilepsia, até pessoas independentes, com vida comum, algumas nem sabem que são autistas, pois jamais tiveram diagnóstico.

Não se sabe completamente a causa do autismo ainda, pois é um transtorno multifatorial. Porém, estudos recentes têm demonstrado que fatores genéticos são os mais importantes na determinação de suas causas (estimados em mais de 97%), sendo 81% hereditário, embora alguns fatores ambientais (menos de 3%), ainda controversos, também possam estar associados, como, por exemplo, a idade paterna avançada ou o uso de ácido valpróico na gravidez. Existem atualmente mais de mil de genes já mapeados e implicados como fatores de risco para o transtorno.

 

Tratamento e sinais

Alguns sinais de autismo já podem aparecer a partir de um ano e meio de idade, até mesmo antes em casos mais graves. Há uma grande importância de se iniciar o tratamento o quanto antes — mesmo que ainda seja apenas uma suspeita clínica, ainda sem diagnóstico fechado —, pois quanto antes comecem as intervenções, maiores são as possibilidade de melhorar a qualidade de vida da pessoa. O tratamento psicológico com mais evidência de eficácia, segundo a Associação Americana de Psiquiatria, é a terapia de intervenção comportamental — aplicada por psicólogos. A mais usada delas é o ABA (sigla em inglês para Applied Behavior Analysis — em português, análise aplicada do comportamento). O tratamento para autismo é personalizado e interdisciplinar, ou seja, além da psicologia, pacientes podem se beneficiar com intervenções de fonoaudiologia, terapia ocupacional, entre outros profissionais, conforme a necessidade de cada autista. Na escola, um mediador pode trazer grandes benefícios, no aprendizado e na socialização.

Alguns sintomas como irritabili- dade, agitação, autoagressividade, hiperatividade, impulsividade, de- satenção, insônia e outros podem ser tratados com medicamentos, que devem ser prescritos por um médico. Dentre os medicamentos indicados a risperidona, que é da classe dos antipsicóticos atípicos, é o mais comum deles.

O símbolo do autismo é o quebra- -cabeça, que denota sua diversidade e complexidade.

A seguir, relacionamos alguns sinais de autismo. Apenas três deles presentes numa criança de um ano e meio já justificam uma suspeita para se consultar um médico neuropediatra ou um psiquiatra da infância e da juventude. Testes como o M-CHAT (inclusive a versão em português) estão disponíveis na internet para serem aplicados por profissionais.

  • Não manter contato visual por mais de 2 segundos;
  • Não atender quando chamado pelo nome;
  • Isolar-se ou não se interessar por outras crianças;
  • Alinhar objetos;
  • Ser muito preso a rotinas a ponto de entrar em crise;
  • Não brincar com brinquedos de forma convencional;
  • Fazer movimentos repetitivos sem função aparente;
  • Não falar ou não fazer gestos para mostrar algo;
  • Repetir frases ou palavras em momentos inadequados, sem a devida função (ecolalia);
  • Não compartilhar seus interesses  e atenção, apontando para algo ou não olhar quando apontamos algo;
  • Girar objetos sem uma função aparente;
  • Interesse restrito ou hiperfoco;
  • Não imitar;
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