Da Redação
Além de entrar no mês de julho com bandeira tarifária vermelha patamar 2, em razão da seca nas principais bacias hidrográficas, o consumidor brasileiro vai sentir o aumento de 52% no valor da energia elétrica.
Conforme divulgado nesta terça-feira (29.06), pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), a bandeira vermelha patamar 2 passou de R$ 6,24 para R$ 9,49 a cada 100 kWh consumidos.
Para chegar a este valor, a Agência alega “custos de geração de energia elétrica decorrentes da conjuntura hidrológica de exceção vivenciada neste momento, a pior desde 1931”. Já em relação às demais bandeiras, a Diretoria da Aneel deliberou que a amarela custará R$ 1,874 a cada 100 kWh, e a vermelha patamar 1 R$ 3,971 a cada 100 kWh.
O Procon-MT alerta que a atual bandeira deve perdurar até o mês de novembro de 2021, conforme análise de especialistas e da própria Aneel, impactando diretamente na vida dos consumidores.
Engenheiro eletricista e membro do Conselho de Consumidores de Energia Elétrica do Estado de Mato Grosso (Concel/MT), Teomar Magri lembra que o consumidor acaba pagando de todas as formas, tanto na conta de energia quanto na aquisição de bens e serviços, já que o reajuste da bandeira será repassado por fornecedores e fabricantes.
“A energia elétrica mais cara gera inflação e encarece toda uma cadeia de consumo. E a conta, como sempre, chega para os consumidores, que já estão fragilizados neste momento de crise sanitária com desemprego alto, perda de renda e inflação. Uma alta na conta de energia neste momento só piora essa situação”, avalia o especialista.
O Procon Estadual tem reforçado as ações de monitoramento e fiscalização contra abusos e descumprimento da legislação, além de realizar uma avaliação detalhada do sistema que envolve o serviço de fornecimento de energia elétrica em Mato Grosso junto a instituições parceiras.
“Aos consumidores, nossa orientação é que acompanhem o histórico de consumo, identificando: custos de geração e distribuição de energia; os meses em que houve aumento da demanda por energia elétrica; o comparativo com períodos anteriores; e os hábitos de consumo da família. Acompanhar regularmente fatura é o primeiro passo para identificar qualquer irregularidade e cobrar seus direitos”, frisou o secretário adjunto do Procon-MT, Edmundo Taques.
Conforme a Aneel, uma nova consulta pública será aberta nos próximos dias para avaliação do valor da bandeira tarifária patamar 2.
FATURA NO VERMELHO
Em junho, as principais bacias hidrográficas do Sistema Interligado Nacional (SIN) registraram os níveis mais críticos da história, com reservatórios abaixo do esperado para essa época do ano. Essa situação resulta em produção hidrelétrica reduzida e, consequentemente, necessidade de acionamento de termelétricas – que é mais cara.
E o mês de julho, segundo Aneel, inicia com a mesma perspectiva desfavorável. “Essa conjuntura pressiona os custos relacionados ao risco hidrológico e o preço da energia no mercado de curto prazo, levando à necessidade de acionamento do patamar 2 da bandeira vermelha”.
Criado pela agência reguladora, o sistema de bandeiras tarifárias sinaliza o custo da energia gerada, alertando os consumidores para o bom uso da energia elétrica. As cores verde, amarela e vermelha (nos patamares 1 e 2) indicam se a energia custará mais ou menos em função das condições de geração, sendo que a cor verde significa que
Com a bandeira vermelha em seu maior patamar, somado a à atualização dos valores cobrados a cada 100 Kw/h, o Procon-MT reforça a necessidade de promover o uso consciente de energia e o combate ao desperdício. Confira algumas dicas:
Créditos: Assessoria
(Com informações da Aneel)