POLÍTICA

“Algo estranho ocorre em Cuiabá”, diz Mendes após volta de Emanuel

Gazeta Digital

O governador Maro Mendes (DEM) afirma que “algo de muito estranho acontece na Prefeitura de Cuiabá”. Ele não citou diretamente o retorno do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) ao cargo, na manhã de sexta-feira (26), pois, segundo ele, não acompanhou sequer a saída. No Fórum Brasil de Ideias, durante à noite, o democrata disse que a Justiça é quem decide esse “entra e saí”, mas considera tudo lamentável e preocupante.

O prefeito foi afastado do Palácio Alencastro no dia 19 de outubroro, durante a Operação Capistrum, que investiga contratações indevidas de servidores para atender interesses políticos. Na sexta-feira, o desembargador Luiz Ferreira da Silva, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, autorizou a volta e impôs cautelares. Entre elas, Emanuel não pode ter contato com os investigados.

“Não acompanhei a saída e não acompanhei o retorno. Não cabe a mim opinar sobre isso. A Justiça é quem decide quem fica e quem saí”, comentou durante o evento.

Apensar da primeira fala ter sido um tanto amena, ao ser questionado se a situação da capital preocupa e impacta no Estado, o democrata disparou que “algo muito estranho ocorre na prefeitura”.

“Isso preocupa sim, prejudica a principal cidade de Mato Grosso. Não só o entra e saí, preocupa muito os motivos e tantos outros que rolam aí nos bastidores do que acontece na capital. É lamentável e mais lamentável ainda ter 7 secretario afastados do cargo pela Justiça”, destacou o governador.

Na gestão de Emanuel perderam os cargos o secretário de Saúde, Huark Douglas, secretário municipal de Educação, Alex Vieira, procurador-geral do Município Marcus Brito, secretário de Saúde, Luiz Antônio Possas de Carvalho, secretário de Mobilidade Urbana, Antenor Figueiredo, secretário de Saúde Célio Rodrigues e do secretário de Gestão Alexandre Beloto.

Todos por envolvimento em algum ato de fraude, superfaturamento, contratações indevidas ou direcionamento de licitações, entre outras acusações.

“Tem algo de muito estranho acontecendo na capital de Mato Grosso. Se essas pessoas estiverem certas, a Justiça e o Ministério Público estão todos errados. Agora se estiverem certos, alguma providência tem que ser tomada”, concluiu o chefe do Executivo Estadual.

Na mesma entrevista, porém falando da lentidão da Zona de Processamento de Exportação (ZPE), de Cáceres, que deve ter sua primeira etapa entregue em fevereiro, o governador mencionou que as leis impõem um passo mais lento e os gestores têm que seguir.

Nessa linha, lembrou na época que foi prefeito de Cuiabá, antes da chegada de Emanuel, e que nunca teve um processo de improbidade. “Algumas leis caminham contra o interesse público, na minha opinião, é muito lento e ineficiente. Aí de você se não seguir o rito. Você pode responder pessoalmente. Eu saí da prefeitura e não respondo a nenhuma ação de improbidade porque sempre fui muito cauteloso e temos que cumprir a legislação. Podemos discutir, não concordar, mas temos que cumprir enquanto elas vigorarem.

Promovido pela empresa Voto, o evento Brasil de Ideia é realizado durante este fim de semana no Malai Manso Resort, em Chapada dos Guimarães, e reúne representantes do agronegócio, políticos do Legislativo e o governador do Estado para tratar sobre a economia, desenvolvimento e potencial de Mato Grosso.

 

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