POLÍTICA

Aeroporto de Roma: empresário que se envolveu em confusão com Moraes cobra imagens de câmeras de segurança

A defesa do empresário Roberto Mantovani Filho, que se envolveu em uma confusão com o ministro Alexandre de Moraes no Aeroporto de Roma, na Itália, pediu ao magistrado que libere o acesso às imagens captadas pelas câmeras de segurança do local.

Em documento enviado ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), na segunda-feira 23, o advogado Ralph Tórtima Stettinger Filho ressalta que seu cliente ainda não obteve acesso integral às gravações.

A defesa sustenta que Moraes teria oferecido a Roberto a possibilidade de mostrar as imagens, mas apenas em local reservado. O empresário estaria proibido de extrair cópias das gravações das câmeras de segurança e de divulgá-las publicamente.

Leia também: “Caso Moraes: Polícia Federal quer mais tempo para analisar imagens do Aeroporto de Roma”

Tórtima Filho pede especificamente acesso às imagens do posto policial do Aeroporto de Roma. É para aquele local que Giovanni Mantovani, filho do casal Roberto e Andreia, teria se dirigido depois do incidente com Moraes.

De acordo com o advogado, um dos filhos do ministro, Alexandre Barci, teria ofendido Andreia e, ao ver Roberto tentar filmar a cena, deu um tapa no braço do empresário.

A versão apresentada por Roberto contraria aquela relatada pelo ministro do STF, que alegou ter sido alvo de insultos. Moraes diz também que seu filho sofreu agressões do empresário.

Imagens do Aeroporto de Roma seguem em sigilo

Por decisão do ministro Dias Toffoli, as imagens das câmeras de segurança do aeroporto permanecem em sigilo. O ministro alega que, por terceiros estarem nas cenas, o conteúdo não poderia ser divulgado.

A decisão contrariou a Ordem dos Advogados do Brasil em São Paulo (OAB-SP), que pediu a derrubada do sigilo.

Luiz Fernando Pacheco, conselheiro seccional da OAB, evocou o Estatuto da Advocacia para tentar reverter a decisão de Toffoli. Em linhas gerais, o objetivo seria garantir o direito de ampla defesa aos investigados, assim como dos autos do processo.

Relembre o caso

A confusão ocorreu em 14 de julho, no Aeroporto Internacional de Roma. Moraes estava com a família, quando um grupo de três brasileiros teria se aproximado dele e começado a xingá-lo. Uma mulher, identificada como Andreia, teria dito que o ministro é “bandido, comunista e comprado”.

Em seguida, um indivíduo reforçou os insultos. Outro rapaz juntou-se aos supostos agressores e proferiu palavras ofensivas contra Moraes e sua família.

O ministro estava retornando da Universidade de Siena, onde havia participado de uma palestra no Fórum Internacional de Direito.

noticia por : R7.com

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