POLÍCIA

STF dá 72 horas para CNJ explicar porque armazenou dados de celular de advogado assassinado

APARECIDO CARMO

DO REPÓRTERMT

O ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal (STF), deu 72 horas para o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) explicar porque requisitou as informações presentes no aparelho celular do advogado Roberto Zampieri, assassinado em dezembro de 2023.

O aparelho celular, que havia sido entregue para a polícia após o crime, teve as informações recuperadas e enviadas para o CNJ. Em despacho do ministro Luis Felipe Salomão, Corregedor Nacional de Justiça, chegou a dizer que a morte do advogado poderia estar relacionada com “decisões judiciais proferidas por magistrados do TJMT”.

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Os comentários do Corregedor Nacional foram feitos em despacho sobre reclamação disciplinar do Ministério Público contra o juiz Wladymir Perri. O ministro Salomão apontou que os dados colhidos apontariam “eventuais vínculos supostamente indevidos entre o advogado e membros ou servidores do Poder Judiciário – o que está absolutamente adstrito às competências constitucionais da Corregedoria Nacional de Justiça”.

Existem suspeitas que Zampieri estaria envolvido em um esquema de venda de sentenças no Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT). Em sua decisão, o ministro André Mendonça afirma levar em consideração “as peculiaridades do caso”.

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No último dia 24, o juiz Jorge Alexandre Martins Ferreira, da 12ª Vara Criminal de Cuiabá, determinou a devolução do aparelho celular do advogado Roberto Zampieri à viúva, Adriana Ribeiro Zampieri. Porém, na mesma decisão o magistrado negou destruir os dados extraídos do HD do celular. Essas informações estão armazenadas em nuvem e à disposição do Corregedor Nacional de Justiça.

Roberto Zampieri foi morto no dia 5 de dezembro de 2023, quando saía de seu escritório no bairro Bosque da Saúde, em Cuiabá. A principal hipótese é de que o assassinato teria sido motivado por uma briga por terras.

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Três pessoas foram denunciadas pelo homicídio e estão presas. O fazendeiro Aníbal Laurindo e sua esposa, Elenice Ballarotti Laurindo, são apontados como mandantes do crime pela Polícia Civil.

FONTE : ReporterMT

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