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O parlamentar foi alvo, nessa quarta-feira (05), de mandados de busca e apreensão no âmbito da Operação Ragnatela
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O parlamentar foi alvo, nessa quarta-feira (05), de mandados de busca e apreensão no âmbito da Operação Ragnatela
DAFFINY DELGADO
DO REPÓRTERMT
O Sindicato dos Agentes de Regulação e Fiscalização de Cuiabá (Sindarf) solicitou a destituição do atual presidente da entidade, vereador Paulo Henrique de Figueiredo (MDB), investigado pela Polícia Federal por suposto envolvimento em esquema de lavagem de dinheiro da facção Comando Vermelho por meio de casas noturnas na Capital.
O parlamentar foi alvo, nessa quarta-feira (05), de mandados de busca e apreensão no âmbito da Operação Ragnatela. De acordo com a PF, o parlamentar, que também é servidor de carreira da Secretaria de Ordem Pública, era responsável por fazer a fiscalização ambiental para liberar shows e eventos organizados pelo Comando Vermelho em Cuiabá. Com isso, ele auxiliava integrantes da facção com a obtenção de licenças para realização de shows.
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No inquérito que embasou a operação, a Polícia Federal apontou que o vereador também teria utilizado dinheiro do Sindarf para comprar bolsa de luxo no valor de R$ 5,9 mil.
Diante da repercussão da operação, o Sindarf emitiu uma nota nesta quinta na qual afirma que os servidores não estavam contentes com a gestão da diretoria administrativa, mas avaliam a situação como um ‘fato isolado’.
“Os Agentes de regulação e Fiscalização do município de Cuiabá vem através desta nota esclarecer que a situação ocorrida no dia de hoje sobre a suposta participação de membros da categoria em esquemas de facilitação para emissão de licenças para funcionamento de eventos em casas noturnas ligadas a uma determinada facção criminosa é fato isolado e que precisa ser devidamente apurado”, inicia a nota.
“Quanto à citação do sindicato da categoria (SINDARF), juntamente com o seu presidente, Vereador Paulo Henrique de Figueiredo é necessário esclarecer que grande parte da categoria não está contente com o que vem ocorrendo no seio do aparelho sindical, onde muitos se desfiliaram e outros se encontram lutando para a independência administrativa e financeira do mesmo, onde realizou-se Assembleia Geral Extraordinária em 20 de outubro de 2023, com a anuência de 92 filiados que discutiu e deliberou pela destituição da Diretoria Administrativa e também do conselho Fiscal, bem como da realização de novas eleições, em razão de algumas irregularidades”, segue o comunicado.
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Na nota, os servidores ainda destacam que a atual direção está no comando do sindicato de forma irregular, há 10 anos, e que a prestação de contas é falha e gerou com uma dívida ‘astronômica’.
“A diretoria do SINDAR está sendo conduzida por um grupo, liderado pelo atual presidente há praticamente 10 anos (desde 05/09/2014), de forma irregular, através de manobras no estatuto social. (…) Prestação de contas de forma irregular, com atraso dando conta de dívida astronômica, sem provisionamento e sem caixa e principalmente sem indicar a base do endividamento”.
Por fim, eles defendem “destituição da atual Diretoria Executiva e do Conselho Fiscal” e realização de uma nova eleição.
“Todas as providências jurídicas estão sendo devidamente tomadas, inclusive junto aos autos de Tutela Antecipada Antecedente em trâmite na 7ª Vara Cível da Comarca da Capital, sob o n° 1049055-88.2023.8.11.0041, informando ao juízo acerca a operação deflagrada no dia de hoje e solicitando as devidas providências que o caso requer, qual seja, a destituição da atual Diretoria Executiva e do Conselho Fiscal, além da realização de eleições imediatamente”.
FONTE : ReporterMT