Mayke Toscano/Secom
Secretário descartou que unidade ofereça regalias aos detentos.
APARECIDO CARMO
DO REPÓRTER MT
O secretário de Segurança Pública do Estado, coronel César Roveri, afirmou que a Cadeia Pública de Chapada dos Guimarães não oferece regalias aos detentos e que segue as normas estabelecidas às unidades prisionais comuns. O assunto veio à tona depois que a Justiça determinou que o ex-policial militar Almir Monteiro dos Reis fosse transferido da Penitenciária Central do Estado (PCE) à unidade prisional de Chapada dos Guimarães.
Almir estuprou e matou asfixiada a advogada Cristiane Castrillon da Fonseca Tirloni, de 48 anos, na madrugada do dia 13 de agosto. O criminoso passou a madrugada inteira com o corpo dela em casa e, ao amanhecer, abandou o cadáver dentro do carro da vítima, no Parque das Águas, em Cuiabá.
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Chapada dos Guimarães, que fique claro, não é um presídio especial. Não é um presídio com regalias
“Chapada dos Guimarães, que fique claro, não é um presídio especial. Não é um presídio com regalias. Ela é uma cadeia normal, com celas, com regramento, como as cadeias públicas, como os presídios. E nós temos todo um regramento jurídico para isso”, disse Roveri nessa quarta-feira (30), em conversa com jornalistas.
“Ele voltou da Penitenciária Central do Estado onde tinha, de forma administrativa, sido colocado e tivemos uma determinação judicial (para levá-lo de volta para Chapada). E nós cumprimos as determinações judiciais”, acrescentou o secretário.
Na decisão em que determinou a transferência, o juiz Geraldo Fidélis, da 2ª Vara Criminal de Cuiabá, alegou a necessidade de assegurar a integridade física do réu, que já integrou as forças de segurança do estado.
O Ministério Público ingressou com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade junto ao Tribunal de Justiça de Mato Grosso para derrubar o trecho da portaria da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp) que assegura aos ex-policiais militares o direito de serem presos em unidades militares.
“O Ministério Público está fazendo seu papel. A Justiça vai julgar esse recurso do Ministério Público e cabe à Secretaria de Segurança acatar as decisões judiciais”, comentou Roveri.
FONTE : ReporterMT