POLÍCIA

Relatório que pode resultar na cassação de Paulo Henrique deve ser concluído nesta semana

APARECIDO CARMO

DO REPÓRTERMT

O vereador Kássio Coelho (Podemos) disse que o relatório da Comissão de Ética no caso do vereador Paulo Henrique (MDB), que chegou a ser preso em setembro por conta de uma suposta ligação com uma facção criminosa, deverá ser concluído ainda nesta semana. Na sequência, caberá ao presidente do Legislativo, vereador Chico 2000 (PL), definir quando o tema vai para o plenário. O relatório pode indicar a cassação do mandato de Paulo Henrique ou o arquivamento do caso.

Conforme a denúncia do Ministério Público Estadual, Paulo Henrique é apontado como o líder da facção no esquema de lavagem de dinheiro que usava casas noturnas de Cuiabá para tornar lícitos os valores obtidos com as ações criminosas. O juiz Jean Garcia de Freitas, da 7ª Vara Criminal da Capital, aceitou a denúncia e Paulo Henrique se tornou réu.

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“Eu pegando hoje a documentação, o relatório fica pronto essa semana ainda. Um relatório curto, como foram os outros relatórios que eu fiz nas outras comissões que eu fui relator. A gente vai dar sequência aí para finalizar essa semana, para entregar para o presidente pra vir pro plenário aí porque a sociedade tá cobrando resposta”, afirmou em conversa com a imprensa nesta terça-feira (19).

O relatório deveria ter sido entregue a tempo da sessão de terça, mas a falta de um documento fez com que esse prazo fosse postergado.

Leia mais – Vereador de Cuiabá acusado de envolvimento com facção é afastado do cargo 

O vereador Paulo Henrique não apresentou defesa em nenhuma das etapas do processo administrativo. Para Kássio Coelho, há precedente para que o caso avance e seja levado ao plenário mesmo assim.

“A gente tentou todas as formas de notificar, tentamos dialogar. Inclusive ele recebeu o primeiro documento, que ele iria ler para assinar a notificação e ele não retornou. Então ele não teve interesse de defesa. Então a gente vai dar prosseguimento, como demos nos outros casos em que não teve defesa”, explicou.

“O plenário é soberano no afastamento ou na permanência do vereador”, concluiu o parlamentar.

De acordo com a investigação feita pela Polícia Federal, Paulo Henrique usava da sua influência política junto à Secretaria de Ordem Pública, onde é servidor de carreira, para garantir a liberação de licenças e alvarás para eventos organizados por uma facção. Além disso, ele mantinha contato com uma liderança da organização criminosa, com quem se reuniu presencialmente ou por chamadas de vídeo, o que demonstra uma relação próxima entre eles.

O vereador chegou a ser preso no dia 20 de setembro deste ano durante as ações da Operação Pubblicare, deflagrada pelas forças federais e municipais de segurança, e foi solto dias depois.

FONTE : ReporterMT

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