POLÍCIA

Ranalli dá moção de aplausos a PM que será julgado por matar assaltante

APARECIDO CARMO

DO REPÓRTERMT

O vereador Rafael Ranalli (PL), que também é policial federal, vai conceder uma moção de aplausos ao tenente-coronel Otoniel Gonçalves Pinto, da Polícia Militar, “pelo trabalho de combate à bandidagem na capital cuiabana”.

Otoniel vai a julgamento, nesta quarta-feira (28), por ter matado a tiros o comparsa de um criminoso que invadiu a sua casa, em 2023, em Cuiabá. O Ministério Público ainda pediu que ele indenize a família de Luanderson Patrik Vitor de Lunas, que era o piloto de fuga na ação criminosa.

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“Ele é um verdadeiro herói cuiabano, será uma honra e o mínimo que podemos fazer é conceder a moção de aplausos ao Otoniel que para defender sua família matou um vagabundo que invadiu sua casa. A bandidagem precisa ser tratada com tolerância zero, se não vamos virar um Estado do Caos”, disse Ranalli.

Quando assumiu como suplente de deputado estadual, no ano passado, Ranali chegou a propor um projeto de lei para dar uma medalha a todo policial que matasse um criminoso durante um confronto. O projeto ficou conhecido como “PL do abate”.

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Bandido agora virou profissão? A Justiça não pode condenar o Otoniel que matou em legítima defesa e em defesa da sua família. Imagina se a Justiça obriga ele a pagar indenização, depois vão pedir INSS, pensão? Os valores estão invertidos, mesmo“, afirmou.

Entenda o caso

De acordo com a denúncia oferecida pelo Ministério Público Estadual, na manhã de 28 de novembro de 2023, o tenente-coronel voltou para casa após deixar os filhos na escola quando foi surpreendido por um criminoso. Armado, o bandido rendeu o militar e anunciou o assalto.

Além de Otoniel, sua esposa e sogro também foram rendidos e mantidos reféns durante a ação criminosa, que só teve um fim quando o militar avisou que em breve uma viatura viria buscá-lo.

Assim que o criminoso deixou o local, Otoniel pegou sua arma funcional e foi atrás do bandido. Ele encontrou o ladrão que o havia rendido junto de Luanderson Patrik Vitor de Lunas, que estava do lado de fora oferecendo assistência para a fuga em um Chevrolet Corsa.

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Antes que a dupla conseguisse fugir, o militar efetuou oito disparos contra o veículo. Desses, um atingiu Luanderson na base da cabeça. O disparo rompeu totalmente a medula espinhal, conforme o laudo pericial.

Mesmo atingido, Luanderson dirigiu por mais alguns metros, onde morreu. O veículo em movimento ainda bateu em um Chevrolet Cobalt, cujo motorista nada tinha a ver com o caso.

A denúncia foi aceita pelo juiz Jorge Alexandre Martins Ferreira, da 12ª Vara Criminal de Cuiabá, em julho do ano passado.

FONTE : ReporterMT

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