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Licio Antonio Malheiros é professor e geógrafo.
A chamada em questão, não é alusiva a produção de queijo ou coisa que o valha. A exemplo, a produção de queijos do vilarejo de Gruyères, onde se produz um dos queijos suíços mais famosos do mundo, cujo nome é uma homenagem à cidade (sem o “S” no final) Gruyère; é apenas, uma referência à quantidade de buracos existentes.
Reporto-me a nossa querida e amada Cuiabá, cidade onde nasci e tenho por ela, maior apreço, carinho e consideração, a defendo com unhas e dentes, local onde criei meus filhos e agora netos, tenho orgulho de ser cuiabano.
Porém hoje, nossa cidade vive triste realidade no tocante às vias públicas (rua, avenida, caminho, estrada, logradouro etc.).
As ruas centrais da cidade e dos bairros, mais parecem um queijo suíço, em função da grande quantidade de buracos de todos os tipos e tamanho, ocasionando acidentes, provocando danos materiais aos carros; podendo ocasionar em alguns casos óbitos.
Voltando ao passado; em 2012 nasce a ideia da construção do VLT (Veículo Leve sobre Trilhos), para atender a Copa do Mundo e concomitantemente melhorar a mobilidade urbana na região Metropolitana.
Na época, ocasionando nas pessoas alegria generalizada, tendo em vista a implantação do modal (VLT), para abrilhantar a Copa do Mundo 2014.
Vamos aguçar a memória da população cuiabana; a tentativa de implantação do (VLT) em 2012, caracterizou como um dos maiores escândalos entre obras públicas não entregues no país, gastou-se R$ 1,066 bilhões, tudo em verbas federais. (Resumo)
Os trens que deveriam estar transportando passageiros hoje, dividiam espaço com montanhas de concreto, vergalhões e borracha. Só de trilhos, são 24 quilômetros de aço importado da Polônia. Sem falar, na cicatriz que corta às cidades de Cuiabá e Várzea Grande.
Já se passaram 12 anos desde a tentativa da implementação de um novo modal (VLT); com o fracasso do mesmo, o governador Mauro Mendes (União), em 2020 anunciou a substituição do modal (Veículo Leve sobre Trilhos) para a instalação do Ônibus de Transito Rápido (BRT).
Serão 54 veículos em operação em Cuiabá e Várzea grande, região metropolitana da capital.
Em 2022 o contrato para o início das obras do Ônibus de Transito Rápido (BRT), foi assinado no dia (29/8), pelo governo de Mato Grosso. O transporte será implementado em Cuiabá e Várzea grande e, ao todo, a obra é orçada em R$ 468 milhões; com projeção de entrega da referida obra definida.
Em pleno desenvolvimento da mesma, com a obra do (BRT) em estado avançado na cidade de Várzea Grande.
Eis que surge um fato novo, um vídeo no qual Alexandre Padilha, fala para a população cuiabana sobre as melhorias que Emanuel Pinheiro (MDB) busca para Cuiabá, dando ênfase a implantação do modal Veículo Leve sobre Trilhos (VLT). Viagem no tempo 2012.
Segundo prefeito Emanuel Pinheiro (MDB), o projeto do (VLT) cuiabano está pré-selecionado para ser uma das obras do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), e que irá licitar a obra do modal. Ele diz “a nova proposta está estimada em R$ 4.968.750 (quatro bilhões, novecentos e sessenta e oito milhões e setecentos e cinquenta reais).
E agora José? Será que até a ponte Júlio Müller nós teremos o modal (BRT) e daí para frente (VLT).
Independentemente de quais decisões sejam tomadas, o que fica patenteado é a rusga existente entre o governador Mauro Mendes (União) e o prefeito de Cuiabá Emanuel Pinheiro (MDB); esta situação, transcende a normalidade se tornando uma verdadeira novela-pastelão.
E, quem acaba sofre com isso, são as pessoas mais carentes que necessitam do transporte coletivo para se locomover. Se essa briga persistir, será que teremos que esperar por mais 12 anos?
Licio Antonio Malheiros é professor e geógrafo.
FONTE : ReporterMT