POLÍCIA

Presidente do STJ nega liberdade para esposa de tesoureiro do Comando Vermelho

DO REPÓRTERMT

A presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministra Maria Thereza de Assis Moura, negou o pedido de habeas corpus apresentado pela defesa de Cristiane Patricia Rosa Prins, esposa de Paulo Winter Paelo Farias, conhecido como “W. T.” e apontado pela polícia como o tesoureiro do Comando Vermelho.

Cristiane foi presa em 2 de abril, por organização criminosa e lavagem de dinheiro, no âmbito da Operação Apito Final, da Polícia Civil, contra faccionados envolvidos em um esquema que movimentou mais de R$ 65 milhões oriundos do crime organizado.

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No pedido, a defesa de Cristiane alegou que ela é mãe de criança que depende dos seus cuidados. Além disso, pontuou que ela não exerce nenhuma função dentro do Comando Vermelho e que as movimentações financeiras descobertas pelas investigações policiais “eram destinadas ao uso familiar da investigada e não retornava ou era inserido na Orcrim investigada”.

Por fim, pedia a substituição da prisão preventiva por prisão domiciliar, mesmo que com aplicação de medidas cautelares. Um exemplo de medida cautelar é a utilização da tornozeleira eletrônica.

Em sua decisão, a ministra Maria Thereza disse que há precedentes do STJ que asseguram a legalidade da prisão de membros de facções criminosas, o que configura, nas palavras da ministra, “situação excepcional passível de afastar a concessão desse benefício”.

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“Ante o exposto, prossegue a ministra, indefiro liminarmente o presente habeas corpus”, diz a decisão.

O caso

Deflagrada no dia 2 de abril, a Operação Apito Final foi resultado de uma investigação de aproximadamente dois anos em que a Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) acompanhou informações e movimentações financeiras que permitiram identificar W. T. como o responsável pela gestão dos recursos do Comando Vermelho, além de ser uma das lideranças do tráfico de drogas, inclusive dentro de unidades prisionais, em Cuiabá.

Ao todo, foram cumpridas 54 ordens judiciais, que resultaram na prisão de 20 alvos, entre eles W. T. e sua esposa, Cristiane Patricia Rosa Prins.

Estima-se que o grupo tenha movimentado R$ 65 milhões na aquisição de imóveis e automóveis. Também foi identificado que um clube de futebol amados, o “Amigos W. T.”, era usado para lavagem de dinheiro e dissimulação de recursos oriundos do crime.

FONTE : ReporterMT

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