POLÍCIA

Prefeitura contratou empresa alvo da PF com R$ 15 milhões de verba destinada a reestruturar o HMC

FERNANDA ESCOUTO

DO REPÓRTERMT

Na decisão que autorizou a deflagração da Operação Miasma, nesta terça-feira (28), o juiz federal Diogo Negrisoli Oliveira apontou que a Prefeitura de Cuiabá pagou a empresa Ikhon Gestão Conhecimento e Tecnologia Ltda com recursos federais oriundo de emenda parlamentar. Apesar de ter sido usado com essa finalidade, o dinheiro dos deputados repassado ao Munícipio tinha como objetivo estruturar o Hospital Municipal de Cuiabá (HMC). 

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Conforme as investigações, a Ikhon foi contratada pela Secretaria Municipal de Saúde por R$ 14,9 milhões para o fornecimento de um software, entretanto o sistema nunca foi utilizado, apesar da Pasta ter pago mais de 50% do valor, ou seja, R$ 8 milhões. 

O esquema foi denunciado em maio do ano passado pelo Gabinete de Intervenção.

À época, a Intervenção apresentou à Polícia Civil notas fiscais e valores pagos à Ikhon. Os documentos mostram que os recursos utilizados foram oriundos de emenda parlamentar nº71120001, que segundo o Portal Transparência, é de autoria da Bancada de Mato Grosso e previa um repasse de R$ 100 milhões ao Fundo Estadual de Saúde.  

Operação Miasma 

A Operação Miasma foi deflagrada nesta terça-feira e além da denúncia envolvendo irregularidades na contratação de uma empresa para o fornecimento de um software, também há outra que diz respeito à locação de vans e ambulâncias pela Secretaria Municipal de Saúde.

Trintas e duas pessoas foram alvo de busca e apreensão em Mato Grosso, Tocantins, Manaus e Brasília.
Na lista dos envolvidos estão o irmão da primeira-dama Márcia Pinheiro, Antônio Ernani Kuhn, o sobrinho dela, Ernani Rezende Kuh.

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Antônio Ernani chegou a ser preso por porte irregular de arma, mas foi liberado sob pagamento de fiança.

Outro lado

Em nota a Prefeitura de Cuiabá esclareceu que irá colaborar para prestar todas as informações necessárias aos órgãos responsáveis pela ação desencadeada na manhã dessa terça-feira.

Leia na íntegra a nota:

A Prefeitura de Cuiabá esclarece que irá colaborar para prestar todas as informações necessárias aos órgãos responsáveis pela ação desencadeada na manhã dessa terça-feira, dia 28;
Irá acionar a Procuradoria Geral do Município para que obtenha informações oficiais sobre os processos citados (apenas via imprensa), sobre os contratos que estão sendo alvo de apuração, e posteriormente alicerçadas das devidas informações, irá se posicionar de forma mais efetiva, mas de antemão esclarece que o período de 2023 a Saúde Pública foi gerenciada por um gabinete de intervenção comandado pelo Estado.

FONTE : ReporterMT

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