RepórterMT
Lucas Veloso foi morto em fevereiro deste ano, durante o curso de formação.
DAFFINY DELGADO
DO REPÓRTERMT
Os pais do ex-aluno do Corpo de Bombeiros de Mato Grosso, Lucas Veloso Peres, apresentaram nesta terça-feira (02) um requerimento para atuarem como assistentes de acusação junto ao Ministério Público do Estado (MPE) no processo que apura a responsabilidade sobre a morte do aluno, que tramita na Justiça Militar. Os réus na ação são o capitão Daniel Alves de Moura e Silva e o soldado Kayk Gomes dos Santos.
Lucas Veloso foi morto em fevereiro deste ano, durante o curso de formação do Corpo de Bombeiros em Mato Grosso, na Lagoa Trevisan. Kayk e Daniel são acusados de matar a vítima mediante asfixia por afogamento e prevalecendo-se da situação de serviço.
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A informação sobre o pedido para ser parte na ação foi confirmada ao RepórterMT pelo pai de Lucas. Segundo ele, a intenção da família, desde o início, sempre foi fazer Justiça para que casos semelhantes não voltem a acontecer. Por fim, ele explicou que o pedido foi feito para garantir que possam acompanhar todos os passos do processo.
“Objetivo da família sempre foi buscar a justiça de forma igualitária. Deixamos bem claro que nosso sentimento nunca foi de vingança, jamais. O que a família espera que esse tipo de caso jamais aconteça”, disse.
“O pedido de habilitação dos advogados da família para assistente a serviço do Ministério Público é justamente para estarmos entendendo o que acontece nos autos”, finalizou.
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O pedido deverá ser analisado pelo juiz responsável pelo caso.
Os dois militares foram denunciados pela 13ª Promotoria de Justiça Criminal de Cuiabá pelo crime de homicídio duplamente qualificado contra o aluno.
De acordo com o MP, o capitão foi o responsável por comandar a atividade prática de instrução de salvamento aquático, tendo como monitores o codenunciado Kayk e outro soldado da corporação.
Além de pedir a condenação dos réus, o órgão requereu ainda a fixação de valor mínimo para reparação dos danos causados em favor dos familiares da vítima.
“Em R$ 700 mil a ser arbitrado em desfavor do denunciado Cap BM Daniel Alves de Moura e Silva, ainda que inestimável a vida do ofendido, e no montante de R$ 350 mil a ser fixado em face do increpado Sd BM Kayk Gomes dos Santos, ainda que inestimáveis o sofrimento e a dor dos familiares, como forma de dar efetividade ao artigo 387, inciso IV, do Código de Processo Penal”, requisitou o promotor de Justiça Paulo Henrique Amaral Motta.
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FONTE : ReporterMT