POLÍCIA

Operação Hermes: Juíza nega prisão de empresários investigados; veja nomes

EUZIANY TEODORO

DO REPÓRTERMT

A juíza Raquel Coelho Dal Rio Silveira, da 1ª Vara Federal de Campinas (SP) negou, ao Ministério Público Federal (MPF) e à Polícia Federal (PF), pedidos de prisão temporária e preventiva contra 19 empresários citados nas investigações da Operação Hermes II, que apura suposta compra e venda de mercúrio ilegal em vários estados.

O MPF pediu, segundo decisão obtida pelo site Folhamax, a prisão de supostos compradores e revendedores do mercúrio. No entanto, para a juíza, os argumentos são frágeis e não ficou comprovado nenhum “vínculo associativo” entre os investigados e o Grupo Veggi, principal empresa investigada pelo suposto esquema, com sede em São Paulo.

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Entre os citados nas investigações, está o filho do governador Mauro Mendes, o empresário Luis Antonio Taveira Mendes, de 24 anos. No entanto, para a juíza, não ficou comprovada a ligação dele – assim como dos demais – com o crime.

“(…) tem-se, pelos elementos colhidos na investigação, que não o são em exclusividade e constância a justificar a estabilidade necessária para configuração da associação entre todos, requisito essencial para decretação de prisão temporária”, escreveu.

A juíza ainda cita que, depois de um ano da deflagração da primeira fase da Operação Hermes, também não há qualquer indício de que os citados tenham tentado atrapalhar as investigações.

“Quase um ano da primeira deflagração, não há qualquer fato superveniente a demonstrar que os investigados atuaram ou estão atuando para obstar a investigação ou a ela causar embaraço. Isso posto, indefiro os pedidos de prisão preventiva e temporária nos moldes em que requeridos na representação da autoridade policial e na manifestação do Ministério Público Federal”, concluiu.

Em nota, o advogado de Luis Antonio Taveira Mendes, Hélio Nishiyama, afirmou que “é absolutamente descabida e absurda” a inclusão do empresário na lista de alvos da operação.

“É absolutamente descabida e absurda a inclusão do empresário Luís Antonio Taveira Mendes na operação Hermes 2, isto porque, o empresário não exerce qualquer atividade de gestão, direção ou tomada de decisão nas empresas objeto da investigação, e tampouco figura de forma direta como sócio das empresas Investigadas”, explica o advogado.

Na nota, destaca que o envolvimento do empresário e as medidas cautelares são ilegais. Veja a íntegra abaixo.

É absolutamente descabida e absurda a inclusão do empresário Luís Antonio Taveira Mendes na operação Hermes 2, isto porque, o empresário não exerce qualquer atividade de gestão, direção ou tomada de decisão nas empresas objeto da investigação, e tampouco figura de forma direta como sócio das empresas Investigadas.

O envolvimento do empresário e as medidas cautelares são ilegais e serão questionadas no Tribunal Regional Federal. Inclusive, a Justiça Federal indeferiu de plano, o pedido de prisão temporária solicitado de forma arbitraria pelo delegado da Polícia Federal, por ausência de fundamento jurídico no pedido.

Por fim, o empresário reafirma seu compromisso com a verdade dos fatos, e se coloca à disposição da justiça para prestar todos os esclarecimentos que se fizerem necessários.

Hélio Nishiyama.

Pedidos de prisão temporária negados

Valdiney Mauro de Souza, Ronny Morais Costa, Filadelfo dos Reis Dias, Marcio Macedo Sobrinho, Marcelo Massaru, Euler Oliveira Coelho, Luis Antonio Taveira Mendes, Antonio Jorge Silva, José Ribamar Silva Oliveira, Darcy Winter, José Carlos Morelli, Rodrigo Castrillon Lara Veiga e Jeferson Dias Catedo.

Pedidos de prisão preventiva negados

Arnoldo Silva Veggi, Thiago Mendonça Campos, Ali Veggi Atala, Patrike Noro de Castro, Edgar dos Santos Veggi e Willian Leite Rondon.

FONTE : ReporterMT

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