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Investigações do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) apontam para a existência de 30 mil pessoas vinculadas ao Comando Vermelho em Mato Grosso. De acordo com o Ministério Público, o montante inclui faccionados, familiares e colaboradores da organização criminosa.
Na última quinta-feira (23), as principais lideranças da facção foram alvo da “Operação Ativo Oculto”, que mirou a desestruturação financeira do Comando Vermelho de Mato Grosso.
Um dos fatores que chamou atenção do Ministério Público foi o estilo de vida dos familiares dos líderes do CV, incompatível com a realidade financeira das famílias. De acordo com o órgão ministerial, orientados pelos ‘chefões’ da facção criminosa, essas pessoas, muitas delas alvo da “Ativo Oculto”, executavam os esquemas de lavagem de dinheiro.
Durante as investigações, o Ministério Público conseguiu identificar que, no mundo do crime, os ‘chefões’ do Comando Vermelho de Mato Grosso são conhecidos como Sebastião Dandão, Fábio Ferrame, Sandro Loco, Negro Renildo, Miro Loco, Leonardo Imperador, Jonas K9, Demiz Fusca, Luiz Fagner Tchuchuca, Gilson Russo, Toleacil Trolha, Rudiney Pinguim, Fabio Lacoste, Reginaldo Bongo, Joadir Piripaque, Wellington Pacato, Aldemir Japa, Sérgio Lacraia, Renato Vermelhão, Paulo Paiacam, Leonardo Maresia e Ulisses Mano Coroa.
A facção criminosa foi ainda descrita como complexa, com um rol diverso de atividades criminosas, numerosos integrantes e infiltração de membros ‘nas mais diversas camadas da sociedade e atividades econômicas’.
Ao todo, durante a primeira fase da “Operação Ativo Oculto”, foram cumpridas 271 ordens judiciais, sendo 34 mandados de prisão cautelar, 112 de bloqueio e sequestro de bens e valores e 125 de busca e apreensão. Foram mobilizados mais de 600 policiais civis e militares para ação.
