POLÍCIA

Ministra do STJ nega retirada de tornozeleira de “Rainha do Sararé”

KARINE ARRUDA

DO REPÓRTER MT

A ministra do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Daniela Teixeira, negou o pedido de habeas corpus solicitando a retirada da tornozeleira eletrônica usada por Marlene de Jesus Araújo, mais conhecida como “Rainha do Sararé”. Ela foi presa em 2022, acusada de chefiar uma quadrilha responsável pela extração ilegal de ouro na Terra Indígena Sararé, localizada no município de Pontes e Lacerda (a 444 km de Cuiabá).

A defesa de Marlene solicitou a redução de medidas cautelares impostas à ela, sob a argumentação de que “não há causas que sustentem a aplicação à investigada de medidas cautelares diversas da prisão”. Entre os pedidos, estava a retirada do uso de tornozeleira eletrônica e a liberação para que Marlene pudesse se ausentar da sua residência sem a necessidade de uma autorização judicial.

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Em resposta ao pedido, a ministra Daniela Teixeira decidiu manter a deliberação dada pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), que determinou a manutenção das medidas cautelares em virtude da posição e do cargo de liderança ocupado pela “Rainha do Sararé” na quadrilha especializada em garimpo ilegal.

“Concluiu que, em razão da posição desempenhada pela investigada, remanesciam os requisitos necessários à manutenção das cautelares diversas da prisão que lhe foram impostas”, diz trecho da decisão proferida na última sexta-feira (10) e publicada nesta segunda-feira (13).

Operações

Marlene Araújo foi presa em 9 de agosto de 2022, acusada de chefiar a extração ilegal de ouro na Terra Indígena de Sararé, entre as cidades de Pontes e Lacerda e Vila Bela da Santíssima Trindade. Levando uma vida de luxo, ela ostentava joias nas redes sociais e era proprietária de uma empresa de terraplanagem em Jaru (RO), que usava como fachada para a prática do garimpo ilegal.

No mesmo período, a Polícia Federal também cumpriu outros três mandados de prisão e quatro de busca e apreensão. Os integrantes da quadrilha eram todos da mesma família e moravam em Rondônia. Eles financiavam a prática do garimpo ilegal por meio de maquinários e recrutamento de pessoas. Além disso, também comercializavam ouro sem autorização legal.

FONTE : ReporterMT

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