POLÍCIA

Mauro sobre concessão do Parque de Chapada: "Já estou perdendo a paciência com essa história"

APARECIDO CARMO

DO REPÓRTER MT

O governador Mauro Mendes (União) disse que já está perdendo a paciência com o imbróglio em torno da concessão do Parque Nacional de Chapada dos Guimarães. O novo edital foi publicado no site do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, na última sexta-feira (18), e prevê que o leilão ocorra no dia 20 de dezembro deste ano.

“Eu já estou perdendo a paciência com essa história, porque eu estou querendo pegar a obrigação que é deles de investir e que não fazem, isso vale para o governo de Jair Bolsonaro e vale para o governo do presidente Lula, e ninguém resolve esse negócio”, disse Mendes, nesta terça-feira (22).

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“Eu já falei com o Lula, já falei com o ministro Rui Costa, já falei com o ministro Padilha, já falei com a ministra Marina, já falei com todo mundo dentro do governo. Não acho razoável querer cobrar do trabalhador R$ 100 para visitar um parque com um investimento ridículo. O TCU cancelou a licitação, eles publicaram um de novo, eu acho que estão insistindo no erro”, acrescentou.

A proposta do Governo do Estado é investir R$ 200 milhões pelo período de quatro anos e não cobrar entrada na área do parque. A empresa vencedora do edital cancelado ofereceu R$ 18 milhões para serem investidos em 30 anos e foi duramente criticada pelo governador Mauro Mendes.

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No novo edital é obrigatório que sejam investidos ao menos R$ 57 milhões durante o período da concessão. Como critério de desempate, segundo as normas do novo certame, será julgado o maior valor de outorga fixa a ser paga ao poder concedente pela concessionária. O prazo para concessão será de 30 anos.

O chefe do Executivo Estadual comparou a situação com a concessão da rodovia federal BR-163 e a transferência para o Governo do Estado da BR-174.

“Nós assumimos uma BR (a 163) e estamos dando conta do recado, nós assumimos a BR-174 e está lá em obras, já tem asfalto acontecendo em menos de um ano que nós iniciamos. Eu disse ‘passa esse parque para nós, você não vai precisar cobrar do trabalhador’. Se o PT defende o trabalhador, porque então pegar um objeto de lazer, algo que pode ser usado para o lazer das pessoas simples, pobres, aqui na baixada cuiabana e no Mato Grosso inteiro e querer cobrar R$ 100? Não tem razoabilidade nenhuma isso”, concluiu.

FONTE : ReporterMT

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