APARECIDO CARMO
DO REPÓRTERMT
O governador Mauro Mendes (União) disse nesta quinta-feira (23) que “ficou óbvio” que a posição do Cacique Raoni, líder do povo caiapó, contra a Ferrogrão foi uma “encomenda” do presidente Francês, Emmanuel Macron. Para Mendes, essa é uma narrativa construída “lá fora” que tenta manter o Brasil refém de um discurso que impede o seu desenvolvimento.
“Vem aqui, o senhor Macron, eu disse um dia desses, muito indignado, faz uma reunião com uma importante liderança indígena do estado de Mato Grosso, o Cacique Raoni, e muito estranhamente o Raoni sai da reunião com Macron falando mal da Ferrogrão. Claro, ficou óbvio que foi uma conversa, uma encomenda, um bate papo ali para colocar uma liderança indígena falando contra a Ferrogrão. E muitos dentro do Brasil compram essas narrativas”, afirmou o governador durante o evento Agrofórum, realizado pelo banco BTG Pactual.
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Raoni é a principal liderança indígena do Brasil. Em março, quando Emmanuel Macron visitou o Brasil, os dois se encontraram e Raoni chegou a ser homenageado pelo presidente francês com Condecoração da Ordem Nacional da Legião de Honra, a mais alta honraria daquele país.
Em seu discurso, Raoni falou diretamente ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), pedindo que não deixasse ir adiante o projeto da Ferrogrão, rodovia que deverá ligar a cidade de Sinop, no Nortão do estado, até os portos de Miritituba, no Pará.
“Peço que Lula não aprove a Ferrogrão. Eu sempre fui contra esse trabalho de destruir floresta, de mineração, de exploração. Se o trabalho de destruir continuar, devemos ter problemas sérios. Para todos nós”, declarou à época.
Em sua fala, Mauro Mendes citou que enquanto o presidente francês tenta impedir a construção da Ferrogrão, que vai dar mais agilidade para o escoamento da produção e aumentar a competitividade internacional dos produtores brasileiros, França e Alemanha são cortadas por estradas de ferro.
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“França e Alemanha juntos tem o mesmo tamanho do estado de Mato Grosso, em torno de 900 mil quilômetros quadrados. Lá eles têm em torno de 70 mil km de ferrovias, nós temos aqui uma ferrovia que chega a Rondonópolis e agora nossa ferrovia estadual, com projeto da Rumo está subindo, serão mais 700 km, está subindo vamos chegar aí a mil km de ferrovia”, comparou.
“Para mim é muito claro que no Brasil nós somos muito reféns de narrativas que são construídas lá fora ou mesmo aqui dentro e são narrativas que não estão lastreadas na verdade e muito menos na realidade e que elas depõem muito contra o interesse nosso e de todos nós brasileiros e mato-grossenses”, concluiu o governador.
FONTE : ReporterMT
